O sexto cabeça de série Shelton, semifinalista em 2023 e recente campeão em Toronto, viu a sua campanha ser interrompida devido a uma lesão no ombro que o obrigou a abandonar frente ao francês Adrian Mannarino.
Tiafoe, que tinha chegado às meias-finais em Nova Iorque duas vezes, nos últimos três anos, seguiu Shelton pela porta de saída pouco depois, na sexta-feira, ao perder em sets diretos para o qualifier alemão Jan-Lennard Struff.
Shelton liderava Mannarino por dois sets a um antes de se magoar no ombro no início do quarto set.
Tentou jogar apesar das dores, mas acabou por desistir depois de Mannarino, 77.º classificado, ter levado o encontro para um set decisivo.
"Não sou um tipo que se retiraria se pudesse continuar", disse um Shelton desanimado, que lutou contra as lágrimas enquanto saía do court com uma toalha sobre a cabeça.
Descreveu o nível de dor como "muito alto" e não soube explicar a sua origem. "Não consigo identificar. Não entrei com uma lesão", disse.
"Dói. Estava a jogar muito bem, estava em forma, com muita confiança. Normalmente, jogo apesar de tudo e encontro uma maneira. Seja doença ou lesão, se conseguir ficar em campo, fico em campo. Nunca senti nada assim antes", acrescentou.
Humor de casa de banho
Mannarino reconheceu a sua boa sorte e disse que Shelton provavelmente teria vencido o encontro se não tivesse tido a lesão.
"É muito azar para ele e sorte para mim", disse Mannarino, que tinha desaparecido para ir à casa de banho no final do quarto set, quando Shelton desistiu.
"Tenho 37 anos, é a primeira vez que ganho um encontro a partir da casa de banho", brincou.
Tiafoe caiu então para a sua eliminação mais precoce no US Open em seis anos, com o 17.º cabeça de série a ser eliminado por 6-4, 6-3, 7-6 (9/7) por Struff, que avançou para os oitavos de final em Nova Iorque pela primeira vez.
O alemão não tinha vencido um encontro no Flushing Meadows antes deste torneio, desde que chegou à terceira ronda em 2020.
"Vai ser difícil engolir a forma como joguei hoje e estar fora do US Open, sem dúvida, tão cedo", lamentou Tiafoe.
"Não sei como recuperar disto, para ser honesto convosco. Há muito, muito tempo que não me sentia tão em baixo", assumiu.
A saída de Shelton e Tiafoe deixa apenas dois americanos no quadro masculino, o vice-campeão de 2024, Taylor Fritz, e o 14.º cabeça de série, Tommy Paul.
Fritz superou o corajoso qualifier suíço Jerome Kym em quatro sets na sessão noturna, avançando com 7-6 (7/3), 6-7 (9/11), 6-4, 6-4.
"É o US Open e, como americano, são as duas semanas mais importantes de todo o ano", disse Fritz, número quatro do mundo. "Quero muito ganhar", assumiu.
O checo Tomas Machac, 21.º cabeça de série, espera por Fritz na quarta jornada, no domingo.
Paul, por sua vez, enfrenta o perigoso Alexander Bublik, depois de sobreviver a uma dura batalha de cinco sets contra Nuno Borges, que terminou à 1:46 da madrugada de sexta-feira.
A vitória de Andy Roddick no US Open de 2003 é o último Grand Slam masculino conquistado por um jogador americano.