Alcaraz tem claro o seu objetivo: voltar ao topo do ranking ATP. O espanhol quer recuperar o trono, de momento nas mãos de Jannik Sinner, o rival que o superou no seu dia.
Não seria, de facto, a sua primeira vez: entre 2022 e 2023, o espanhol e Novak Djokovic trocaram várias vezes a liderança, antes de o italiano impor a sua própria lei na sua meteórica ascensão.
Agora, no entanto, Carlitos, o mais jovem número um da história com 19 anos após o seu triunfo no US Open de 2022, sonha em recuperar o lugar mais alto da classificação, e justamente no local onde tudo começou.
Ultrapassagem virtual
A recente vitória em Cincinnati já mudou a balança. Os números oficiais, atualizados até à conclusão do US Open, mostram uma diferença ainda clara: 11.480 pontos para Sinner contra 9.590 para Alcaraz.
Mas o que mais pesa é a projeção virtual, que leva em conta os pontos em Nova Iorque. Aqui, o panorama inverte-se: no início do último torneio do Grand Slam da temporada, de facto, o de San Candido perderá os 2.000 pontos conquistados no ano passado com o título, enquanto o murciano terá de subtrair apenas 50 ao seu ranking, fruto de uma eliminação prematura em 2024 diante de Botic Van de Zandschulp.
O novo ponto de partida no US Open será, portanto, favorável ao jogador nascido em El Palmar: 9540 pontos contra 9480 de Jannik. Uma margem pequena, mas suficiente para disputar a liderança mundial. E os cálculos são simples: se ambos caíram na mesma ronda, será Carlos quem regressa ao número um no final do torneio, interrompendo as 65 semanas consecutivas de reinado do seu adversário.
Para Sinner, a situação é clara: se não houver um deslize prematuro do seu adversário, terá de o enfrentar na final e vencê-lo.