Federer e Djokovic lutaram durante quatro horas e 57 minutos pelo troféu de prata banhado a ouro e pelo triunfo no torneio mais famoso do ténis. Foi a final de singulares mais longa da história de Wimbledon, que acabou por culminar num tie-break aos 12.12 do set decisivo.
Federer foi, sem dúvida, o melhor jogador durante a maior parte do encontro. Ganhou mais 14 pontos e, em termos de jogos, a vantagem foi de 36.32 para o suíço, que produziu mais 40 pancadas vencedoras no encontro. Mas Djokovic mostrou nervos mais firmes e teve a vantagem em todos os três tie-breaks, mesmo em nenhum deles cometendo um erro não forçado. Além disso, aos 7-8 e aos 15-40, do seu ponto de vista, ele desperdiçou os dois match points no saque de Federer.
"No que diz respeito às estatísticas, o Roger foi melhor. Teve toda a gente do seu lado. Com os seus match points, pensei que tinha de o fazer jogar e conseguir a vitória. Foi provavelmente o mais nervoso que alguma vez estive", disse Djokovic numa entrevista ao fabricante de raquetes Head Tennis.
Foi então que Federer viu ser-lhe negado o nono triunfo em Wimbledon e o 21.º troféu do Grand Slam. O sérvio, por outro lado, conquistou Wimbledon pela quinta vez e festejou o seu 16.º título nos majors. Enquanto Federer reinou pela última vez a este nível no Open da Austrália de 2018, Djokovic tem agora um recorde de 24 títulos.
"Foi muito dramático. Ainda posso comparar a final do Open da Austrália de 2012 com Rafael Nadal a um jogo assim", recordou sobre a carnificina de quase seis horas e o jogo final mais longo num Grand Slam até à data.
Djokovic chegou a Wimbledon 2019 pela segunda vez para conquistar o título do Grand Slam depois de ter evitado match points. E, por coincidência, também os evitou na primeira vez que defrontou Federer, mais concretamente nas meias-finais do Open dos Estados Unidos de 2011.