Mais

Síntese de Wimbledon: Alcaraz resiste, Nuno Borges falha no limite os oitavos

Carlos Alcaraz venceu Jan-Lennard Struff em quatro sets
Carlos Alcaraz venceu Jan-Lennard Struff em quatro setsHENRY NICHOLLS / AFP
O bicampeão Carlos Alcaraz voltou esta sexta-feira a perder um set, mas está nos oitavos de final de Wimbledon, enquanto o tenista português Nuno Borges foi eliminado no tie-break da quinta partida diante o número 20 mundial, Karen Khachanov.

Num encontro longo e de alto nível, as palmas que recebeu ao sair do court 3 do All England Club refletem a extraordinária exibição do português, que, contudo, desperdiçou uma vantagem de 5-2 no quinto set, sofrendo o break quando servia para fechar o encontro da terceira ronda e acabou derrotado por 7-6 (8-6), 4-6, 4-6, 6-3 e 7-6 (10-8), em três horas e 48 minutos.

Recorde as incidências da partida

Nunca sabemos o que é preciso para ganhar estes encontros”, desabafou Khachanov, após um duelo que descreveu como “muito emocional, físico e psicológico”, na entrevista em ‘court’.

Apesar de ter começado mal o tie-break decisivo, o maiato demonstrou uma grande capacidade de luta, recuperou de uma desvantagem de 3-8 para 8-9, mas acabou por perder de forma inglória, cedendo ao terceiro match point que enfrentou.

Nuno Borges, que até este ano nunca tinha passado da primeira ronda na relva londrina, deixou o quadro de singulares do terceiro torneio do Grand Slam da época sem representação portuguesa, não conseguindo igualar João Sousa, o único tenista nacional a chegar aos oitavos em Wimbledon (2019).

Pouco antes do adeus do jogador maiato, que jogou com um laço no boné em homenagem aos irmãos Diogo Jota, jogador do Liverpool, e André Silva, do Penafiel, vitimais fatais de um acidente de viação, Carlos Alcaraz, número dois mundial, voltou a ser testado na relva londrina, desta feita pelo alemão Jan-Lennard Struff, mas conseguiu sobreviver em quatro sets, com os parciais de 6-1, 3-6, 6-3 e 6-4, e está nos oitavos pelo quarto ano consecutivo.

Recorde as incidências da partida

Detentor de cinco títulos do Grand Slam (Open dos Estados Unidos em 2022, Wimbledon em 2023 e 2024 e Roland Garros em 2024 e 2025), o jovem espanhol, de 22 anos, alcançou a sua 21.ª vitória consecutiva, a melhor sequência de triunfos da carreira, ao fim de duas horas e 25 minutos.

Hoje sofri em todos os meus jogos de serviço. 0-30, pontos de break abaixo. Foi stressante. Ele continuou a pressionar-me, eu sobrevivi e estou muito feliz por ter conseguido a quebra de serviço e ter fechado”, confessou o murciano.

Na próxima ronda, Alcaraz terá como adversário o russo Andrey Rublev (14.º ATP), que conquistou uma vaga na quarta eliminatória, pela terceira vez na carreira, com um triunfo sobre o francês Adrian Mannarino (123.º ATP), com os parciais de 7-5, 6-2 e 6-3, após ter sofrido apenas uma quebra de serviço.

Recorde as incidências da partida

Tal como Rublev, à procura dos quartos de final pela segunda vez no major britânico e da estreia em meias-finais de um torneio do Grand Slam, o norte-americano Taylor Fritz, quinto do mundo, bateu o espanhol Alejandro Davidovich Fokina, por 6-4, 6-3, 6-7 (5-7) e 6-1, garantindo a passagem à fase seguinte da prova pela terceira vez na carreira, depois de em 2022 e 2024 ter atingido os quartos de final.

Ben Shelton (10.º ATP), por sua vez, seguiu o exemplo do compatriota Fritz e também não deixou créditos por mãos alheias, derrotando em dois dias (começou na quinta-feira e só terminou hoje) o adversário australiano Rinky Hijikata (87.º ATP), por 6-2, 7-5 e 6-4, enquanto o jovem brasileiro João Fonseca (54.º ATP), de 18 anos, foi eliminado pelo chileno Nicolas Jarry (143.º ATP), com os parciais de 6-3, 6-4, 3-6 e 7-6 (7-4).

Recorde as incidências da partida

De volta ao court, depois da estreia vitoriosa na quinta-feira, o português Francisco Cabral e o parceiro austríaco Lucas Miedler falharam a manutenção na prova de pares, ao perderem diante dos checos Petr Nouza e Patrik Rikl, 6-3 e 7-6 (11-9).

Após ceder pelo quarto ano consecutivo na luta pela terceira ronda de Wimbledon, o tenista portuense deixa a representação nacional a cargo do amigo Nuno Borges - ao lado de quem se estreou no histórico clube britânica em 2022 -, que voltará a fazer dupla com o norte-americano Marcos Giron, frente ao indiano Yuki Bhambri e o norte-americano Robert Galloway, o par 16.º cabeça de série.

A competição feminina ficou hoje marcada por nova queda de uma jogadora do top 10 mundial, mais concretamente a norte-americana Madison Keys (8.ª WTA), campeã do Open da Austrália, derrotada pela alemã Laura Siegemund (104.ª WTA) por duplo 6-3.

Ao passo que a japonesa Naomi Osaka (53.ª WTA), bicampeã do Open da Austrália, em 2019 e 2021, e duas vezes vencedora do Open dos Estados Unidos em 2018 e 2020, foi superada pela russa Anastasia Pavlyuchenkova, por 3-6, 6-4 e 6-4, a número um mundial, a bielorrussa Aryna Sabalenka, estragou a festa aos adeptos britânicos, ao impor-se à anfitriã Emma Raducanu, com os parciais de 7-6 (8-6) e 6-4 a encerrar a jornada no Centre Court do All England Club.