A 138.ª edição do terceiro major da época arrancou com o encontro entre o bicampeão do torneio e o transalpino, de 38 anos, no court central do All England Club, onde o número dois mundial teve de se aplicar a fundo para levar a melhor em cinco sets, pelos parciais de 7-5, 6-7 (5-7), 7-5, 2-6 e 6-1.
A jogar pela última vez no torneio londrino, Fabio Fognini, antigo top 10 mundial, atualmente na 138.ª posição no ranking ATP, exibiu-se a muito bom nível e só cedeu ao cabo de quatro horas e 37 minutos, permitindo a Alcaraz somar o 15.º triunfo consecutivo na catedral da relva.
“Não sei porque este é o último Wimbledon dele, pois com o nível que mostrou pode continuar a jogar mais três ou quatro anos. Dou-lhe crédito pelo grande jogo que fez. O Fabio é um grande jogador e mostrou ao longo da carreira o seu nível. Fico um pouco triste por ser a sua última vez em Wimbledon, mas contente por ter partilhado o ‘court’ com ele”, comentou o espanhol.
Graças à 19.ª vitória seguida esta época, o murciano, de 22 anos, marcou encontro na segunda ronda com o qualifier britânico Oliver Tarvet, no mesmo dia em que o português Nuno Borges conquistou o primeiro triunfo no quadro principal de singulares de Wimbledon, ao fim de duas horas e meia de duelo com Francisco Cerundolo (19.º ATP).
Depois da derrota sofrida na ronda inaugural de 2023 diante do mesmo adversário, o tenista maiato, número 37 do mundo, conseguiu hoje a desforra sobre o argentino e, com os parciais de 4-6, 6-3, 7-6 (7-5) e 6-0, celebrou a qualificação inédita para a segunda eliminatória, registando o quarto triunfo diante de um top 20 mundial esta temporada, sétimo na carreira.
“Estou muito contente, acima de tudo. Acho que foi um desafio ultrapassado, sem dúvida, não só pelo adversário que tinha pela frente, mas também pela relva e Wimbledon, um torneio em que ainda não tinha conseguido ser feliz e que tem um grande significado”, confessou Borges, em declarações à Lusa.
Na eliminatória seguinte, o número um português vai defrontar o wild card britânico Billy Harris, que eliminou o lucky loser sérvio Dusan Lajovic, por 6-3, 6-2 e 6-4, em apenas uma hora e 52 minutos.
Ao contrário de Alcaraz e Borges, o dinamarquês Holger Rune, oitavo do mundo, foi surpreendido pelo chileno Nicolas Jarry, oriundo da fase de qualificação, em cinco sets, decididos com os parciais de 4-6, 4-6, 7-5, 6-3 e 6-4, enquanto o russo Daniil Medvedev, nono na hierarquia ATP, foi derrotado pelo francês Benjamin Bonzi, por 7-6 (7-2), 3-6, 7-6 (7-3) e 6-2.
A jornada de hoje, marcada também pela desistência do grego Stefanos Tsitsipas, com problemas físicos, foi interrompida às 23:00 horas locais (limite horário permitido para se jogar), numa altura em que o norte-americano Taylor Fritz (5.º ATP) e o francês Giovanni Mpetshi Perricard se preparavam para iniciar o quinto set e o alemão Alxander Zverev (3.º ATP) havia restabelecido a igualdade (1-1 em sets) no embate com o gaulês Arthur Rinderknech.
Na competição feminina, a líder do ranking WTA, a bielorrussa Aryna Sabalenka, confirmou o favoritismo diante a canadiana Carson Branstine (194.ª WTA), pelos parciais de 6-1 e 7-5, ao passo que a italiana Jasmine Paolini, vice-campeã em título, precisou de três partidas para afastar Anastisija Sevastova, por 2-6, 6-3 e 6-2.
A espanhola Paula Badosa (9.ª WTA) foi, por sua vez, a primeira jogadora do top 10 a ser afastada na edição de 2025, após a derrota em três sets, com os parciais de 2-6, 6-3 e 4-6, frente à britânica Katie Boulter (43.ª WTA), compatriota de Emma Raducanu, responsável pela eliminação da também anfitriã Mimi Xu, por duplo 6-3.