A AFP Sport analisa as duas meias-finais no All England Club:
Djokovic vs Sinner
Sete vezes campeão de Wimbledon, Novak Djokovic acredita que a sua melhor hipótese de conquistar o 25.º título do Grand Slam reside nos relvados do sudoeste de Londres.
Agora, o sérvio de 38 anos enfrenta o teste decisivo dessa teoria.
Djokovic procura chegar à 11.ª final de Wimbledon e à sua 38.ª final de Grand Slam, mas encontra-se na posição invulgar de ser um outsider no All England Club.
Embora Djokovic tenha vencido Sinner nas meias-finais de Wimbledon em 2023 e nos quartos de final em 2022, o italiano vingou-se no Open da Austrália de 2024 e neste ano em Roland Garros.
Essas vitórias nas meias-finais ajudaram Sinner a construir uma vantagem de 5-4 nos seus nove confrontos diretos com Djokovic, que perdeu os últimos quatro encontros.
Sinner afastou os receios de uma lesão no cotovelo para superar o americano Ben Shelton, 10.º cabeça de série, nos quartos de final, enquanto Djokovic espera estar totalmente apto depois de uma queda estranha no final da sua vitória nos oitavos de final sobre o italiano Flavio Cobolli.
Derrotado por Carlos Alcaraz nas duas últimas finais de Wimbledon, Djokovic não vence um Grand Slam desde que se igualou a Margaret Court com 24 títulos de majors ao conquistar o US Open de 2023.
Sinner e Alcaraz são agora as forças dominantes no ténis masculino, mas Djokovic, sexto cabeça de série, vai disputar a 14.ª meia-final masculina de Wimbledon, um recorde, com 10 vitórias nos seus 13 jogos anteriores nessa fase.
Djokovic chegou a todas as finais de Wimbledon desde 2018, e a sua última derrota nas meias-finais do torneio foi contra Roger Federer em 2012.
Tem um registo de 37-14 em meias-finais de Grand Slam, mas perdeu três das suas últimas quatro.
Djokovic pode igualar o recorde da era Open de Federer para o maior número de finais masculinas consecutivas em Wimbledon se chegar ao último domingo pela sétima vez seguida.
Na sua sétima meia-final de um Grand Slam, uma vitória do campeão do Open da Austrália, Sinner, levá-lo-ia à sua primeira final de Wimbledon.
O jovem de 23 anos, três vezes vencedor de majors, pode tornar-se o sexto homem na era Open a chegar a quatro finais consecutivas de Grand Slam.
A última dessas finais terminou com uma derrota em cinco sets, em que desperdiçou três pontos de campeonato contra Alcaraz em Roland Garros, em junho, uma recordação dolorosa que alimenta a sua luta pelo título de Wimbledon.
Alcaraz vs Fritz
De volta à sua melhor forma depois de um início de torneio hesitante, Carlos Alcaraz tem de dominar o jogo de força do grande sacador Taylor Fritz para chegar à sua terceira final consecutiva em Wimbledon.
Alcaraz foi levado a cinco sets pelo já retirado Fabio Fognini, na primeira ronda, e também perdeu um set contra Jan-Lennard Struff e Andrey Rublev, o que suscitou preocupações quanto à defesa do seu título.
Alcaraz, cinco vezes campeão de Grand Slam, aliviou os receios de uma quebra de forma com uma demolição dinâmica do britânico Cameron Norrie nos quartos de final.
O espanhol, número dois do mundo, está a disputar a sua oitava meia-final de Grand Slam, com um registo de 5-2, incluindo vitórias em ambos os seus duelos diretos das meias-finais de Wimbledon.
Está numa série de 23 vitórias, a melhor da carreira, desde que perdeu para Holger Rune na final de Barcelona em abril e venceu 34 dos seus 37 jogos em relva.
Se Fritz conseguir uma grande reviravolta, chegará à sua segunda final de Grand Slam, tornando-se no primeiro americano a chegar à final de Wimbledon desde Andy Roddick em 2009.
O jogador de 27 anos participou pela primeira vez numa final de um Grand Slam no US Open no ano passado, perdendo para Jannik Sinner.