Depois de se ter retirado dos torneios de Barcelona, Roma, Roland Garros e agora Wimbledon, é inevitável que surjam questões. Será que o seu corpo ainda aguenta as exigências do ténis de alto nível? Ou estará a aproximar-se o momento em que anunciará o seu fim definitivo?
Até há pouco tempo, Kei Nishikori parecia estar a preparar um regresso impressionante. A uma eliminação na primeira ronda em Wimbledon 2024 seguiu-se uma série de desempenhos sólidos - quartos de final no Masters do Canadá, meias-finais no Challenger de Bratislava e até um título em Helsínquia, o seu primeiro desde 2019.
Promovido do 581.º para o 132.º lugar da classificação, coroou o início de 2025 com uma presença na final do torneio ATP 250 de Hong Kong. Após este sucesso, regressou ao Top 100 e, mais uma vez, parecia um jogador capaz de desafiar até o Top 10.
Mas as dores nas costas voltaram. Após uma curta paragem em Madrid e um descanso forçado, regressou aos courts em Genebra, mas apenas para dois jogos. No segundo, teve de se retirar devido às dores, o que o privou também do Open de França.
Nishikori é um dos maiores talentos do ténis asiático. Finalista do Open dos Estados Unidos em 2014 e antigo número 4 do mundo, manteve o ténis japonês no centro das atenções durante muitos anos. Mas é também um jogador cuja carreira tem sido marcada por uma série interminável de lesões.
Nos últimos anos, teve de lidar com uma cirurgia à anca, problemas prolongados no tornozelo, joelho, ombro e costas. E é essa lesão - mais do que qualquer outro adversário - que o atrapalha.
A sua possível participação nos torneios de verão americanos continua incerta. E à medida que as desistências continuam, coloca-se a questão: quantas mais reviravoltas conseguirá ele suportar?