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Wimbledon: Derrotado por Sinner, Alcaraz sai "de cabeça erguida"

Derrotado por Sinner, Alcaraz sai de Wimbledon de cabeça erguida
Derrotado por Sinner, Alcaraz sai de Wimbledon de cabeça erguidaDAISUKE URAKAMI / Yomiuri / The Yomiuri Shimbun via AFP
Carlos Alcaraz, número 2 do mundo, foi derrotado pela primeira vez numa final de um Grand Slam no domingo pelo seu grande rival Jannik Sinner (nº 1), mas disse que sai de Wimbledon de cabeça erguida.

Recorde aqui as incidências do encontro

- Era bicampeão em título de Wimbledon. Como se sente depois desta derrota?

É sempre uma sensação desagradável. Perder um jogo é ainda mais desagradável quando se trata de uma final, mas, de um modo geral, estou muito orgulhoso do que fiz nas últimas quatro semanas na relva. Saio de Londres de cabeça erguida, muito erguida, na verdade, porque fiz tudo o que podia. Acabei de defrontar alguém que jogou a um nível incrível. Aceito o que me aconteceu: sim, acabei de perder uma final de um Grand Slam, mas estou muito orgulhoso por ter chegado à final. Quero guardar os bons momentos e esquecer os maus.

- Quais foram os pontos-chave do jogo?

Tive uma baixa percentagem de primeiros serviços. Mas estava a jogar contra um dos melhores devolvedores do circuito, sem dúvida. É uma arma que gostaria de poder explorar mais, mas hoje, com o nervosismo, foi difícil servir melhor. Preciso de melhorar isso, sem dúvida.

- Em que outras área pode melhorar?

Na relva, o segundo serviço é muito importante. Sinto que lhe dei muitos pontos de graça nos segundos serviços. Ele tem um primeiro serviço muito bom, isso é óbvio. Por isso, foi difícil devolver o primeiro serviço. Mas quando tive oportunidades no segundo serviço dele, devia tê-las aproveitado melhor, colocar-me em posição de atacar. Em suma, foi um bom jogo. Acho que o nível da linha de fundo (do Sinner) estava muito alto, essa foi a grande diferença entre nós hoje.

- Ficou surpreendido com o nível do seu adversário cinco semanas após o ter vencido na final do Open de França?

De todo, porque sei que é um grande campeão. Um campeão aprende com as suas derrotas. Eu sabia desde o início que ele ia aprender com essa final, que não ia cometer os mesmos erros que cometeu em Roland Garros.

- Como vê a vossa rivalidade, que está a moldar cada vez mais o circuito?

Acima de tudo, estou muito contente com esta rivalidade. Acho que é ótima para nós e para o ténis em geral. Sempre que jogamos um contra o outro, penso que o nosso nível é muito elevado. Não vejo outros jogadores ao mesmo nível que nós quando nos defrontamos. Estamos a construir uma grande rivalidade porque nos encontramos em finais de Grand Slam e Masters 1000, os melhores torneios do mundo. Estou muito grato porque isso dá-me a oportunidade de dar 100% sempre que treino, todos os dias. O nível que tenho de atingir e manter se quiser vencer o Jannik é muito elevado!