O maiato precisou de quatro anos para conquistar o primeiro triunfo no All England Club, após eliminar o argentino Francisco Cerundolo na estreia, mas hoje protagonizou uma exibição ao nível dos melhores especialistas da superfície para derrotar o britânico Billy Harris, por 6-3, 6-4 e 7-6 (9-7), e tornar-se o único português a atingir a terceira eliminatória individual em todos os torneios do Grand Slam.
Ao igualar o feito de João Sousa em 2016, antes de este atingir a quarta eliminatória em 2019, Nuno Borges dá sequência à presença nos oitavos de final do Open da Austrália e do Open dos Estados Unidos, em 2024, e na terceira jornada em Melbourne Park e Roland Garros, já este ano.
Consumado o triunfo histórico, ao fim de duas horas e 30 minutos, face ao anfitrião (151.º ATP), o número um português e 37 do mundo marcou encontro na próxima fase com o russo Karen Khachanov (20.º ATP), vencedor do embate com o japonês Shintaro Mochizuki (144.º ATP), por 1-6, 7-6 (9-7), 4-6, 6-3 e 6-4.
Numa jornada que começou cerca de duas horas atrasada devido à chuva no All England Club, o bicampeão em título Carlos Alcaraz, depois de ter sobrevivido em cinco sets na ronda inaugural frente a Fabio Fognini, não encontrou grandes dificuldades para se impor ao jogador da casa, Oliver Tarvet, a jogar pela primeira vez numa prova do circuito principal, pelos parciais de 6-1, 6-4 e 6-4.
“Tenho de elogiar o Oliver, o seu segundo encontro no Tour. Para ser sincero, adoro o jogo dele. O nível que ele jogou no primeiro encontro no Centre Court, que eu sei que é muito difícil, mostrou um grande ténis. Sabia desde o início que tinha de estar realmente focado, tinha de jogar o meu melhor ténis. Hoje, joguei bastante bem e estou muito feliz com o meu jogo”, afirmou o murciano.
Graças ao 31.º triunfo em relva, sobre o jovem de 21 anos, que figura no 733.º posto do ranking ATP, o número dois mundial vai ficar à espera do vencedor do embate entre o canadiano Felix Auger-Aliassime e o alemão Jan-Lennard Struff para conhecer o próximo adversário.
Assim como Alcaraz, de 22 anos, o russo Andrey Rublev, 14.º cabeça de série, também garantiu a manutenção em prova, depois de bater o sul-africano Lloyd Harris (320.º ATP), antigo 31.º colocado na hierarquia mundial, em quatro partidas, por 6-7 (1-7), 6-4, 7-6 (7-5) e 6-3, enquanto o britânico Cameron Norrie afastou o norte-americano Frances Tiafoe (12.º ATP), por 4-6, 6-4, 6-3 e 7-3.
A encerrar a jornada, suspensa por só ser permitido jogar até às 23:00, o norte-americano Taylor Fritz, número cinco mundial e vencedor em Estugarda e Eastbourne, sobreviveu a mais um dura batalha de cinco sets, desta feita frente ao canadiano Gabriel Diallo (40.º ATP), campeão em Hertogenbosch, que só cedeu a passagem à terceira ronda por 3-6, 6-3, 7-6 (7-0), 4-6 e 6-3, ao fim de três horas e seis minutos.
Na competição feminina, a bielorrussa Aryna Sabalenka, líder do ranking WTA, confirmou o favoritismo diante da checa Maria Bouzkova (48.ª WTA), por 7-6 (7-4) e 6-4, e o regresso à terceira ronda do major londrino.
A próxima adversária de Sabalenka, de 27 anos, será a britânica Emma Raducanu (40.ª WTA), campeã do Open dos Estados Unidos de 2021, que surpreendeu Marketa Vondrousova, campeã de Wimbledon em 2023, em dois sets, resolvidos por um duplo 6-3.
Já a vice-campeã do torneio inglês, a italiana Jasmine Paolini (quinta WTA), foi mais uma cabeça de série a ficar pelo caminho, após o desaire frente à russa Kamilla Rakhimova (80.ª WTA), por 4-6, 6-4 e 6-4, num dia em que a norte-americana Madison Keys, campeã do Open da Austrália, e a japonesa Naomi Osaka avançaram até terceira ronda da 138.ª edição de Wimbledon.