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Wimbledon: Organização garante que Hawk-Eye falhou por "erro humano"

Pavlyuchenkova foi claramente prejudicada pela arbitragem
Pavlyuchenkova foi claramente prejudicada pela arbitragemAFP
Os organizadores de Wimbledon explicaram esta segunda-feira que houve erro humano numa falha embaraçosa do sistema eletrónico de marcação de linha (Hawk-Eye) em jogo dos oitavos de final da prova feminina no domingo.

Recorde aqui as incidências do encontro

O torneio pediu desculpas à russa Anastasia Pavlyuchenkova e à britânica Sonay Kartal após o problema no court central. Apesar de ter sido prejudicada no lance, Pavlyuchenkova ganhou o jogo em sets consecutivos.

Após investigação, os organizadores admitiram que a tecnologia foi desligada por engano numa parte da quadra durante um jogo, e o erro só se tornou aparente quando uma bola de Kartal saiu por mais de um palmo e não foi assinalada como fora.

Se a marcação tivesse sido correta, a russa conseguia um break sobre a britânica e abriria uma vantagem de 5-4 no primeiro set, mas, em vez disso, o árbitro Nico Helwerth decidiu que o ponto deveria ser repetido. Kartal acabou por ganhar o jogo na sequência.

A russa acusou o árbitro de favorecer a tenista da casa. "Como ela é local, eles podem dizer o que quiserem. Eles roubaram-me o jogo", reclamou.

A russa eliminou a última britânica do torneio
A russa eliminou a última britânica do torneioYomiuri via AFP

"Nesse período, houve três marcações não feitas pelo juiz eletrónico de linha (ELC) na parte afetada da quadra. Duas delas foram marcadas pelo árbitro de cadeira, que não foi informado de que o sistema tinha sido desativado", informou Wimbledon.

"Após a terceira marcação, o árbitro de cadeira interrompeu a partida e consultou o oficial de revisão. Foi determinado que o ponto deveria ser jogado novamente. O árbitro de cadeira seguiu o processo estabelecido. Pedimos desculpas às jogadoras envolvidos", concluiu a organização, alegando que o sistema foi desligado sem querer pelos operadores.

Sally Bolton, diretora executiva do All England Club, confirmou na segunda-feira que o sistema estava a "funcionar de forma ideal".

"O problema que tivemos foi um erro humano em relação ao sistema de rastreamento ter sido desativado inadvertidamente e, em seguida, o árbitro de cadeira não ter sido informado do fato de que tinha sido desativado", disse.

Em 2025, o sistema totalmente automatizado substitui os juízes de linha humanos em Wimbledon pela primeira vez.

A tecnologia da chamada de linha tornou-se padrão no ténis. É utilizada nos Open da Austrália e dos Estados Unidos e em todos os eventos do ATP Tour, além dos principais campeonatos da WTA.