Moore tinha sido ilibada depois de alegar que ingeriu carne contaminada com anabolizantes na Colômbia. No entanto, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) aceitou um recurso da Agência Internacional para a Integridade no Ténis (ITIA), revertendo a sua absolvição.
A suspensão começa a contar a partir desta quarta-feira, com o desconto dos 19 meses já cumpridos de forma provisória.
Entenda o caso
A britânica de 32 anos foi suspensa em junho de 2022, após a deteção de esteróides proibidos — nandrolona e boldenona — no seu organismo.
Um tribunal independente concluiu que a origem do doping tinha sido o consumo de carne contaminada nos dias anteriores à recolha da amostra, e Moore foi autorizada a regressar aos courts após cumprir 19 meses de suspensão.
A ITIA, no entanto, recorreu da decisão que apontava "ausência de culpa ou negligência" relativamente à nandrolona.
"Após rever as provas científicas e legais, a maioria do painel considerou que a tenista não conseguiu provar que a concentração de nandrolona na sua amostra era compatível com a ingestão de carne contaminada", explicou o TAD.
"O painel concluiu que Moore não demonstrou que a violação da regra antidoping não foi intencional. Assim, o recurso da ITIA foi aceite e a decisão do tribunal independente foi anulada", concluiu o tribunal.
Tara Moore negou ter usado substâncias ilícitas de forma intencional.
Protagonista de reviravolta incrível
Atualmente, Tara Moore ocupa o 187.º lugar no ranking mundial de pares e é a número 864 em singulares. Representou o Reino Unido na Billie Jean King Cup e, em fevereiro de 2022 — cinco meses antes da suspensão —, tornou-se a número 1 do seu país em pares.
A tenista britânica ganhou destaque em 2019, ao protagonizar uma reviravolta histórica no torneio ITF de Sunderland. Venceu um encontro frente à francesa Jessika Ponchet após salvar um ponto de jogo em 30-40 no 2.º set, quando perdia por 0-6 e 0-5. Moore acabaria por vencer a partida por 0-6, 7-6 e 6-3.