"Basicamente, penso que seria ótimo se um jogador se assumisse, talvez até vários ao mesmo tempo", afirmou o antigo jogador numa entrevista para o livro Mutmacher-Menschen. O coming out coletivo de futebolistas profissionais homossexuais, anunciado para maio de 2024, não chegou a realizar-se.
Hitzlsperger, que foi o primeiro futebolista profissional alemão a assumir-se homossexual após a sua carreira no ativo, em 2014, também não acredita que concentrar-se apenas nos jogadores no ativo seja eficaz.
"Claro que seria um grande passo. Mas não resolve os problemas. Também podemos melhorar as coisas a nível social sem estarmos sempre à procura desses jogadores. Isso é sensacionalismo que não ajuda a causa", diz o antigo internacional alemão de 43 anos, que quer "garantir a compreensão" e "promover as minorias e a diversidade" com as suas próprias ações.
"Às vezes, os heterossexuais dizem-me: 'Ok, és gay, isso não é um um problema, mas temos de falar sobre isso?' Então tento explicar que muitas pessoas lutam com a sua homossexualidade porque acreditam que não são totalmente aceites pela sociedade. Então, escondem-se e sentem-se mal", explicou Hitzlsperger.
"Mas quando me assumo publicamente, isso cria visibilidade. Toda a gente que se assume publicamente contribui para que se torne mais normal, porque há cada vez mais pessoas que são visíveis. Isto torna claro: existe - e não há nada de errado com isso. Em geral, uma minoria tem sempre de chamar a atenção para si própria. Porque se não formos visíveis publicamente, é ainda mais fácil sermos marginalizados. É por isso que as saídas públicas do armário fazem tanto sentido e são tão importantes".