O combate não vai ser uma exibição, segundo a equipa de Fury, e será disputado "de acordo com as regras oficiais do boxe profissional, com três juízes a utilizarem o sistema de 10 pontos". No entanto, o título WBC do britânico não estará em jogo.
O extravagante Gipsy King, de 34 anos, invicto em 34 combates, conquistou os cinturões de pesos pesados da WBO, WBA e IBF ao vencer o ucraniano Wladimir Klitschko na final de 2015. Mas problemas com depressão e uso de drogas, além de suspeitas de doping, mantiveram-no fora dos ringues até 2018.
Após um primeiro embate polémico, conquistou o título WBC ao norte-americano Deontay Wilder, em fevereiro de 2020, que voltou a dominar na desforra.
O detentor do cinturão dos pesos pesados da UFC, a liga mais prestigiada da MMA, Ngannou, de 36 anos, chocou a competição ao abandoná-la em janeiro e juntou-se à rival PFL em maio. Mas já estava planeado que só faria o primeiro combate em 2024, preferindo concentrar-se no confronto com Fury.
"O homem mais malvado do planeta"
O último combate de Fury foi em dezembro, quando derrotou o compatriota Derek Chisora em 10 assaltos, mas as negociações falharam para um combate com o ucraniano Oleksandr Usyk, campeão da IBF, WBA e WBO, que reuniria todos os títulos de pesos pesados.
"Assim que o sino tocar, as bombas vão cair. Este tipo é suposto ser o lutador mais duro do mundo, mas vamos ver como reage quando é atingido pelo Big Gipsy King", disse Fury quando o combate foi anunciado.
"Mal posso esperar para voltar à ribalta. Mal posso esperar para mostrar ao mundo que o Gipsy King é o melhor lutador da sua geração num combate épico contra outro mestre da sua arte", prosseguiu.
Ngannou não tem registo profissional de boxe, mas o camaronês tem insistido repetidamente que sonha em subir ao ringue com Fury: "Estou há três anos à espera de encontrar o Tyson no ringue. O meu sonho sempre foi lutar boxe, e lutar com o melhor", disse.
"Depois de me tornar o campeão indiscutível de pesos pesados em MMA, esta é a minha oportunidade de realizar esse sonho e cimentar a minha posição como o homem mais malvado do planeta", sublinhou Ngannou.