Na 32.ª Assembleia Geral dos EFC, que decorreu em Roma, o Conselho da UC3 ratificou um novo plano comercial, com a meta de “remodelar o cenário global de direitos audiovisuais, patrocínio e licenciamento”.
“No centro da estratégia está o reconhecimento de que os mercados mediáticos estão a mudar rapidamente, com novos participantes globais e foco no digital, oferecendo propostas diferenciadas para os adeptos, enquanto os parceiros de transmissão estabelecidos continuam ansiosos para garantir a visibilidade ideal para as competições na Europa e no mundo”, lê-se numa nota publicada na página oficial dos EFC na internet.
Unindo a UEFA e os EFC, que são formados por mais de 800 emblemas europeus de 55 países, a UC3 foi criada este ano e administra em exclusivo a gestão, venda e entrega dos direitos comerciais das ligas dos campeões masculina e feminina de futebol e de futsal, além da Liga Europa, da Liga Conferência, da Supertaça Europeia e da Youth League.
“Esta nova estratégia reflete a nossa ambição de liderar a próxima fase de crescimento das competições masculinas de clubes da UEFA. Ao trazer uma nova abordagem para mercados-chave e introduzir novos pacotes inovadores, estamos a estabelecer um novo padrão de como o futebol é levado aos adeptos em todo o mundo”, afirmou Guy-Laurent Epstein, um dos diretores-executivos da UC3.
Além dos direitos audiovisuais, cujas primeiras licitações serão lançadas na segunda-feira, a UC3 vai impulsionar um modelo comercial mais flexível e direcionado para patrocínio e licenciamento, no primeiro de dois ciclos de vendas de direitos feitos em parceria com a Relevent Football Partners (RFP), agência global de marketing e vendas por si nomeada.
“O papel da UC3 não é simplesmente vender direitos, mas criar valor de longo prazo para as nossas competições, clubes e parceiros. Por meio de inovações líderes do setor em transmissão, tecnologia e patrocínio, a UC3 desbloqueará oportunidades únicas para parceiros de media e marcas, além de gerar um impacto mensurável para os adeptos em todas as plataformas”, referiu Charlie Marshall, outro dos diretores-executivos da UC3.
A estratégia comercial para o ciclo 2027-2033 foi anunciada no mesmo dia em que foi revelada a nova identidade dos EFC, fundados como ECA em 2008 e liderados pelo presidente do campeão europeu e tetracampeão francês Paris Saint-Germain, o qatari Nasser Al-Khelaifi.
“O lançamento dos EFC é um marco na evolução e modernização da nossa instituição. Colocámos (a expressão) clubes de futebol e as três letras mais importantes no centro do nosso nome para comunicar com mais clareza quem somos e o que defendemos. No entanto, isto é muito mais do que uma reformulação da marca e mostra que estamos sempre a pensar diferente e a expandir limites para sermos ainda melhores”, reconheceu.
Além de Nasser Al-Khelaifi, a Assembleia Geral dos EFC reúne centenas de presidentes de clubes para discutir o futuro do futebol e contou com o líder da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, que reafirmou o seu combate ao projeto da Superliga europeia.
“A Europa define os padrões do futebol mundial. Houve tentativas externas de reformar a nossa modalidade, mas nunca organizaremos uma competição para 12 clubes. O futebol precisa de ser inclusivo, com todos a terem a oportunidade de vencer as melhores competições. Promovemos um futebol inclusivo, que sirva de âncora nos tempos difíceis que vivemos. O futebol é um lugar ao qual todos pertencemos. Perante crises políticas e sociais, precisamos de algo que nos una. O futebol tem esse papel e devemos preservá-lo”, sustentou.