"Valorizamos a relação forte e respeitosa que mantemos com a FIFA, baseada na confiança mútua e na paixão partilhada pelo futebol. A relação pessoal entre os nossos dois presidentes é também muito boa, marcada pela comunicação aberta e pelo respeito mútuo", afirmou a UEFA em comunicado.
Segundo a entidade liderada por Aleksander Ceferin, "o recente incidente foi isolado" e não reflete a "colaboração contínua" entre as entidades.
"Continuamos empenhados em trabalhar em conjunto pelos melhores interesses do desporto", vincou a UEFA, cujo Comité Executivo reuniu-se em Bilbau, horas antes da final da Liga Europa entre os ingleses Tottenham e Manchester United, comandado por Ruben Amorim e que conta com os internacionais lusos Diogo Dalot e Bruno Fernandes.
O incidente ocorreu na semana passada, devido à alteração da programação do Congresso da FIFA, no Paraguai, que começou com quase três horas de atraso devido ao atraso do voo do presidente da FIFA, Gianni Infantino, proveniente do Catar, com algumas personalidades, como Aleksander Ceferin, a abandonarem a sala a meio dos trabalhos.
"Os nossos anfitriões, a Associação Paraguaia de Futebol, e os nossos parceiros da CONMEBOL fizeram um esforço considerável para acomodar tantos delegados, e estamos gratos pela hospitalidade. No entanto, o facto de a programação ter sido alterada à última hora para servir interesses políticos particulares prejudica o futebol e parece colocar os seus interesses em segundo plano", afirmou na altura a UEFA.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, abriu o 75.º Congresso da FIFA, em Luque, no Paraguai, na passada quinta-feira, recém-chegado do Catar e da Arábia Saudita, onde acompanhou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na manhã desse dia, a FIFA anunciou que ia haver um atraso no início do Congresso, sem especificar o motivo, estimado inicialmente em aproximadamente duas horas, atraso esse que foi posteriormente prolongado.
Após o primeiro intervalo da sessão, alguns executivos, incomodados com o atraso, não voltaram à sala, como Ceferin, pelo que a sessão foi retomada com pelo menos sete cadeiras vazias na mesa presidencial.