A poucas horas do duelo entre Hungria e Estónia, um particular, está acesa a polémica entre os locais e a Roménia. Uma discussão centrada na questão da Grande Hungria e uma bandeira que será desfraldada no Estádio Nacional em Budapeste.
Uma ideia revisionista, associada à extrema-direita onde se enquadra o Fidesz, partido do primeiro-ministro Vitkor Orbán, a Grande Hungria é um regresso do país às fronteiras pré-1918, quando o império incluía a Transilvânia (Roménia) e regiões da Eslováquia, Croácia, Sérvia, Ucrânia e Eslovénia.
Em novembro de 2022, Orbán apresentou-se num jogo da seleção húngara, contra a Itália, com um cachecol do mapa da Grande Hungria e desta feita, a federação local (MLSZ) decidiu aproveitar o regresso da seleção ao campo para reafirmar esta ideia. Situação que provocou uma resposta por parte da Roménia, com uma queixa à UEFA.
Em resposta à Gazeta Sporturilor, o organismo liderado por Aleksander Ceferin garantiu que não aprova a utilização desta simbologia e que caso a mesma seja visível no estádio pode levar a sanções disciplinares. Uma situação que foi também explicada à MLSZ.
Contudo, esta quarta-feira, a federação da Hungria voltou a reiterar a permissão para a utilização de bandeira e simbologia referente à Grande Hungria. “A Federação Romena interpretou os factos de um ponto de vista faccioso e procedeu a um ataque injustificável. Por isso, à luz das boas relações, informámos que não é competência deles avaliar as decisões que tomamos dentro da nossa autoridade e respeitar o desejo de centenas de húngaros que vivem em muitos países com uma mensagem que não contém mensagens racistas”, pode ler-se.