"Queremos uma vitória frente ao Gana, não há dúvida sobre isso. Se tivermos de fazer alterações, iremos fazê-las", assegurou o selecionador Diego Alonso, logo após a derrota frente a Portugal, que colocou o Uruguai no último lugar do grupo H, com um único ponto.
Apesar da riqueza ofensiva de que dispõe, com os talentos de Darwin Nuñez, Edinson Cavani e Luis Suárez, os sul-americanos não conseguiram marcar frente à seleção lusa (derrota por 2-0) nem diante da Coreia do Sul (0-0), e o duelo com o Gana, da terceira jornada, constitui a última oportunidade para a passagem aos oitavos-de-final. Mas a formação africana quererá vingar a eliminação cruel nos quartos-de-final do Mundial-2010, às mãos da celeste olímpica, no memorável confronto na África do Sul.
No último minuto do prolongamento desse jogo, Suárez defendeu autenticamente um remate contrário, em cima da linha de golo, recebendo ordem de expulsão num lance castigado com a marcação de um penálti. Contudo, Asamoah Gyan falhou e o encontro foi decidido no desempate por grandes penalidades, nas quais o Uruguai se superiorizou, celebrando o acesso às meias-finais.
Para uns herói, para outros vilão, o avançado uruguaio continua, 12 anos depois, entre os eleitos do seu país em mais um Mundial e poderá novamente encontrar-se com o conjunto africano.
"Para nós, é uma história diferente", apontou Alonso, minimizando o impacto histórico do jogo de 2010. "Eles estão à procura da qualificação, nós também. Não tem nada a ver com o que aconteceu há alguns anos", acrescentou.
"Temos de jogar mais"
Ainda que Portugal tenha dominado a posse de bola no estádio Lusail, Rodrigo Bentancur, Maxi Gomez e Suárez não estiveram longe de quebrar o enguiço uruguaio no Mundial-2022, no Catar.
"Não jogámos bem, mas tivemos as nossas oportunidades e pressionámos, tentámos. Mas, por vezes, os adversários são bons, jogam bem e contrariam o nosso plano jogo, não nos deixando estar onde queremos", explicou o selecionador.
As entradas de Facundo Pellistri e Giorgian de Arrascaeta para a última meia-hora de jogo trouxeram mais intensidade e capacidade atacante. "O nosso jogo melhorou, o jogo estava a pedi-los. No início, Portugal teve a bola, dominou-a. Depois, jogámos bem. Temos de jogar mais e movimentarmo-nos mais livremente", vincou.
Arrascaeta, por seu lado, mostrou-se desiludido com a derrota, mas determinado para o jogo decisivo, diante do Gana.
"Temos mais um jogo e temos de lutar por ele. Temos de ganhar, aconteça o que acontecer", atirou.