Recorde aqui as incidências do encontro
Resultado ingrato: "Ingrato ou não vale de pouco, tenho de olhar para o global do jogo. Temos que crescer porque temos 12 golos sofridos neste campeonato e sete são de penálti, em nenhum deles aponto algo à equipa de arbitragem. Controlámos o FC Porto, é uma equipa com uma ideia muito vincada, mas até ao dia de hoje foi sempre a mesma. Conseguimos controlar o que fazem, não fez nada de diferente, atraíu-nos à frente, procurou o '6', fechamos muito bem, anulamos os corredores, controlamos a profundidade. Claro que há uma ou outra segunda bola que ganharam e criaram perigo, mas é muito penalizador para nós o FC Porto fazer golo num erro muito claro.
Análise: "No ponto de vista defensivo fizemos um jogo muito competente. Ofensivamente temos que crescer para ter mais confiança para jogar e bater menos na frente. Estamos melhor, quando metemos a bola no chão e jogámos mostramos o que costumamos ser, com aproximações perigosas. Em relação ao jogo de Alvalade, fomos mais perigosos, aproximamo-nos mais da baliza. Fomos muito penalizados pelo primeiro golo, tivemos que voltar atrás no jogo. Na segunda parte, mexemos cedo demais, mais do que o que eu queria, mudamos para uma linha de cinco para individualizar o ataque do FC Porto e a pressão na frente. O golo surge numa bola parada, é futebol e faz parte. Está a ser muito penalizador os golos sofridos de penálti, a maior parte deles por incompetência nossa. Já não temos uma equipa de jogadores inexperientes".
Derrotas trazem lições: "As derrotas para nós são sempre oportunidades de crescimento, fazem parte. Não somos candidatos ao título e obrigados a vencer todas as semanas. Gostamos de olhar para estes momentos para crescer e aprender, jogar contra o primeiro classificado e controlar praticamente tudo o que fez... Depois meteu mais homens, ganhou alguns metros, acabamos por recuar, mas sabíamos tudo o que iam fazer. Na globalidade controlamos os espaços, entrelinhas, lateral, profundidade... Nas bolas paradas sabíamos que seria perigoso e que o FC Porto tinha vantagem nas bolas 50-50".
Acreditou em empate: "Não olho para o resultado do decorrer do jogo, assim como a classificação não é importante, o resultado também não. Olho para o processo porque acredito que o resultado é uma consequência de estarmos bem. No momento defensivo, em que íamos ser testados, sabíamos que se pressionamos tanto quanto gostamos o FC Porto ia desbloquear. Quando não pressionamos e ficamos em bloco, o FC Porto agrediu pouco os centrais, houve momentos em que parecia não ter ideias. Longe de mim querer tirar mérito a uma equipa tremendamente bem trabalhada, com uma ideia fantástica, mas que acho que está no início do processo. Olhamos para nós, ingrato ou não queremos dar já a volta aos resultados em Arouca".
Conferência de imprensa:
"Tento olhar muito pouco para o que é resultado. Tenho de olhar para o processo. Temos 13 golos sofridos, sete de penálti. Não posso dizer que algum deles é mal assinalado. Estamos a ser penalizados por erros individuais. O golo do empate baixou os nossos índices de jogo, a nossa crença. Disse, ao intervalo, que temos de crescer.
Na primeira parte, controlámos tudo o que o FC Porto estava a fazer. O FC Porto tinha mais bola, mas os centrais sobem muito pouco. Controlámos bem o jogo direto e as subidas pelo corredor. Na primeira parte, não vimos um FC Porto avassalador. Foi ingrato (o golo do empate 1-1), mas resulta de um erro nosso.
Também criámos problemas ao FC Porto. Colocámos o FC Porto em sentido na profundidade. Temos de crescer e identificar o que podemos fazer para corrigir esses aspetos. Colocámos o Gilberto (Batista) para a linha defensiva igualar os dois avançados do FC Porto. O jogo foi decidido num momento em que o FC Porto é muito forte: na bola parada, no duelo. Olhando para a estampa física e para a qualidade dos executantes do FC Porto, estamos em desvantagem.
Quando tivemos calma e coragem, o FC Porto não pôde pressionar da mesma maneira a que está habituado e expor-se tanto. Uma coisa é jogarmos contra um bloco médio e outra é jogar contra uma pressão a campo inteiro. Já tínhamos sido testados em Alvalade nesse sentido (derrota por 3-0). Estamos no bom caminho, mas temos de deixar de fazer penáltis".
