O detentor da Taça América, a Royal New Zealand Yacht Squadron, representada pela Team New Zealand, e o desafiante do recorde, a Royal Yacht Squadron Ltd, representada pela Athena Racing, assinaram o protocolo para a 38.ª edição da America’s Cup, que vai ser disputada na primavera de 2027, em Nápoles, Itália.
Este acordo põe termo a uma disputa entre as duas formações, que punha em causa a realização da competição realizada pela primeira vez em 1851, que a atual campeã tinha renunciado a organizar, por falta de financiamento.
“No coração deste protocolo está um acordo de parceria, estruturado para que todas as equipas trabalhem coletivamente no seio de uma estrutura comercial a longo prazo, para beneficiar o futuro da gestão da America’s Cup”, acrescenta o referido comunicado.
Com a “mudança mais audaz em 174 anos de história”, o responsável pela Team New Zealand, Grant Dalton, assegura que “esta transformação confere às equipas uma gestão coletiva”.
Para reforçar a notoriedade, a competição ambiciona tornar-se bienal, com a fase final a ser antecedida por uma série de regatas, sujeitando as equipas a orçamentos limitados.
Cada tripulação, com cinco velejadores, deverá incluir obrigatoriamente uma mulher, acrescentando ainda uma cláusula de nacionalidade, exigindo que “essa mulher e outros dois velejadores sejam do país do competidor”.
Finalmente, para “maximizar o envolvimento com os adeptos”, cada equipa deve fazer embarcar durante as corridas um convidado, seja “uma personalidade conhecida, patrocinador, jornalista, influencer ou dignitário”, acrescenta o protocolo.
A final da 37.ª edição da America’s Cup foi disputada em Barcelona, em Espanha, em 2024, com a Team New Zealand a revalidar o título, novamente capitaneada pelo campeão olímpico Peter Burling, frente aos ingleses da Britannia.