Uma corrida de rua de 10 km e várias provas de trilho associadas ao evento realizaram-se no sábado, mas a maratona foi cancelada pelos organizadores logo na manhã de domingo, depois de as estruturas na partida e na meta terem sido derrubadas por ventos intensos, deixando um número recorde de 24 000 atletas desiludidos.
"A maratona da Cidade do Cabo está devastada com o cancelamento deste nosso evento tão especial", afirmou o diretor da prova, Clark Gardner, em comunicado.
"Trabalhámos durante meses a planear todos os cenários e condições, mas no fim uma força maior prevaleceu, e lamentamos profundamente esta situação".
O presidente da Câmara da Cidade do Cabo, Geordin Hill-Lewis, afirmou que a cidade ficou profundamente desapontada, mas "agradece aos organizadores e autoridades por terem tomado uma decisão a pensar na segurança dos atletas".
"A Cidade do Cabo está empenhada em acolher eventos com os mais elevados padrões internacionais, o que por vezes implica tomar decisões difíceis como esta", acrescentou.
O evento deste ano estava previsto ser o último passo para integrar a prestigiada World Marathon Majors, ao lado de provas icónicas em Londres, Nova Iorque, Boston, Chicago, Berlim, Sydney e Tóquio.
Em 2024, a prova ultrapassou a 1.ª fase de uma avaliação plurianual, que analisa desde a organização no dia da corrida e a experiência dos participantes até à qualidade do pelotão de elite, que soma pontos consoante as suas prestações e compete pelos títulos gerais da série.
A edição de 2025 seria a etapa final desta avaliação. A entrada na série deverá, segundo as autoridades, atrair mais de 20 000 visitantes internacionais por ano, dando um impulso significativo à economia local.