“A cada passo, a fasquia fica cada vez mais alta, mas neste momento não estou a pensar exatamente já no resultado de Los Angeles, mas em Campeonatos do Mundo conseguir continuar a melhorar, a chegar cada vez mais perto do australiano ou de quem seja o próximo campeão do mundo, para poder chegar a Los Angeles com confiança de que é possível lutar por uma medalha”, antecipou.
A menos de três anos dos próximos Jogos Olímpicos, o triatleta de 25 anos foi terceiro classificado no Mundial, depois de ter sido segundo nas etapas de Yokohama, Hamburgo e Riviera Francesa, terceiro em Abu Dhabi e quinto na finalíssima, disputada em Wollongong, na Austrália, onde o local Matthew Hauser se sagrou campeão.
“No triatlo, é sempre os Jogos Olímpicos que é o grande objetivo. Cada Campeonato do Mundo constrói para Los Angeles”, realçou, notando que, a partir do próximo ano, cada etapa do Mundial começa “a contar pontos” para a qualificação para o maior evento desportivo mundial.
Nascido na Amadora, nos arredores de Lisboa, em 21 de dezembro de 1999, Vilaça assume que “sabe bastante bem ter um objetivo a quatro anos”, que lhe permite ter altos e baixos durante o percurso, sabendo que não é um dia que corra mal que vai influenciar a sua prestação na cidade norte-americana em 2028.
Dono dos melhores resultados masculinos do triatlo nacional em Campeonatos do Mundo – também foi vice-campeão mundial em 2020, quando o evento se disputou num único dia devido à pandemia de covid-19 – e em Jogos Olímpicos ex aequo com João Pereira, que foi quinto no Rio2016, o jovem recusa comparações com Vanessa Fernandes.
“Sem dúvida que não sou uma Vanessa Fernandes, porque ela tinha resultados bem melhores que os meus. (…) Sou o produto do fenómeno Vanessa. Não sou uma Vanessa, estou cá por causa da Vanessa, mas ao mesmo tempo estou a criar a minha história. (…) A Vanessa tem uma carreira muito bonita e, se não fosse ela, o triatlo não era o que é hoje”, elogiou.
A vice-campeã olímpica em Pequim-2008 e campeã mundial em 2007 é alguém que inspira Vilaça, que teve a oportunidade de conviver com aquela que é a maior referência do triatlo nacional e “absorver” momentos que o influenciaram enquanto atleta.
Questionado pela agência Lusa sobre se gostaria de construir um percurso semelhante ao da vice-campeã olímpica, respondeu: “Sim, a Vanessa era a melhor do mundo, por isso, claro, gostava muito de ser o melhor do mundo”.
“Seja uma medalha olímpica, seja ser campeão do mundo, são tudo sonhos. Gostava muito de lá chegar e diria que é com esse sonho que trabalho”, acrescentou.
