Mais

Voleibol: Declarações após dos treinadores após o Benfica – Sporting (1-3)

Técnico do Benfica dá mérito ao Sporting
Técnico do Benfica dá mérito ao SportingTIAGO PETINGA/LUSA
Declarações após o jogo Benfica – Sporting (1-3), quinto e último encontro do play-off de apuramento de campeão e que deu o título nacional aos leões.

Recorde aqui as incidências do encontro

Marcel Matz (treinador do Benfica):

“Não dá para tirar o mérito da temporada que o Sporting teve. A época foi muito difícil. Conseguimos criar uma equipa. No play-off estivemos a vencer por 2-0. Mérito do Sporting. Tentámos de tudo, mas não deu. O Sporting foi forte nas alturas chave. Eles conseguiram reentrar no play-off. Com um 2-0 nada está decidido. Esta será uma boa aprendizagem para todos.

O balanço dos cinco títulos é bom. Não há como dizer o contrário. A minha filha tem seis anos e meio e vou ter de lhe explicar que o desporto é isto. O trabalho é bem feito, mas não dá para ganhar sempre. No final o Sporting foi mais competente que nós.

O quarto set aproximou o Sporting da vitória. Ainda tentámos e senti que ia ficar difícil e que não teria capacidade de ir buscar o resultado, quando estávamos dois pontos e passou a cinco. Tenho para mim que vamos continuar. Vai para a próxima.

O Sporting este ano mereceu”.

João Coelho (Treinador do Sporting):

“O melhor é sempre o último. É o mais difícil de jogar, o da consagração. Jogámos desta forma deste o primeiro jogo da época e isso permitiu-nos manter a coerência no jogo e nesta final.

É o corolário de um trabalho que não é só meu. Trabalhámos muito. A equipa entrega-se à causa. Temos de dar os parabéns ao adversário, que hoje entrou fortíssimo. O que nos define é o caminho que nos trouxe até aqui. Ser campeão é um prémio justo. A equipa melhorou do ano passado para este ano, onde perdemos no último jogo com a máxima dignidade.

Daqui para frente não vai ser nada diferente. Estou feliz. Pedi aos adeptos para celebrarem connosco no Pavilhão João Rocha.

Lembro-me da minha primeira final no Castêlo da Maia perdida para o Benfica. Não estava preocupado em ser campeão nacional. Isso não iria definir o meu trabalho. Esta era a terceira oportunidade. Sai um pouco o peso nos ombros, mas agora tenho de ir procurar o segundo título. No final foi um extravasar de emoções. Somos egoístas nesta altura de celebrar, mas também é o nosso momento. É normal.

Agora vamos tentar ganhar o próximo. Este já é passado. Foi só um jogo. Ganhar e perder vai muito para lá da conquista do campeonato. A ideia do projeto é tentar construir com uma equipa com bases que se identifiquem com o clube e que os adeptos se identifiquem com os atletas. A ideia é manter a equipa. Nos saltos qualitativos das diferentes competições a pressão será sempre a mesma.

Vamos ter uma base. Olhar para formação, para os jovens e para o mercado português. Edson Valência chega tarde a um clube como o Sporting e chegou muito a tempo de ganhar. Ele foi o mais sobrecarregado porque tivemos um problema com um jogador que jogava na posição dele. Chegou cansado a esta final, mas de alma cheia. Foi decisivo nesta caminhada. Mas na verdade contam todos e ele é mais um que deu o exemplo”.