Raquel Portela, da Associação de Voleibol do Porto (AVP), foi a primeira árbitra de pavilhão portuguesa internacional, em 2015, e na terça-feira voltou a ser pioneira ao ser juiz de cadeira na segunda mão da final da Taça CEV.
Num pavilhão com cerca de 2.000 espetadores, na Roménia, as italianas do Novara ergueram o troféu frente ao Alba Blaj, com uma vitória por 3-0, que confirmou o triunfo por 3-1 na primeira mão em terras transalpinas.
“Estou orgulhosa e feliz, mas quero mais e trabalho para isso. Temos sempre que ter um objetivo maior e a Liga dos Campeões de voleibol seria o próximo passo se subir de grupo na arbitragem”, disse à agência Lusa Raquel Portela.
Inserida no grupo B da arbitragem da Confederação Europeia de Voleibol (CEV), Raquel Portela aspira a ascender ao A, que lhe permite dirigir jogos da Liga dos Campeões, e a arbitrar num Europeu sénior ou Mundial, tal como já aconteceu em sub-19.
“Como é óbvio, gostava de passar para a Liga dos Campeões, mas continuar na Taça CEV também é bom”, referiu a árbitra, reconhecendo que a desejada progressão na carreira não depende apenas de si, nem da sua vontade, mas da indicação da CEV.
Raquel Portela, de 41 anos, que está também a traçar o seu caminho na Federação Internacional de Voleibol (FIVB), afirmou que trabalha para continuar a evoluir e acredita que na próxima remodelação da arbitragem da CEV poderá ascender de grupo.
“Fica sempre o desejo de mais e mais. Na próxima época deve haver alterações e ficam expectativas”, disse a árbitra, que não esconde o desejo de, “lá mais para a frente”, integrar o quadro de um Campeonato do Mundo de seniores.
A árbitra abordou ainda uma das questões fundamentais para o desempenho das suas funções, que é evitar o erro, e embora reconheça que o receio de falhar possa estar presente em alguns momentos, manter o foco é essencial para o evitar.
“O receio de errar faz sempre parte, mas temos que estar focados e gerir os momentos do jogo que nos obrigam a uma maior atenção. Há sempre o receio de falhar em momentos importantes, mas com trabalho isso é encarado de outra forma”, explicou.