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Walid Regragui admite: “Espero que Ronaldo não jogue”

Walid Regragui quer continuar a fazer história
Walid Regragui quer continuar a fazer históriaAFP
O treinador de Marrocos comentou a possível ausência do capitão da Seleção Nacional do onze dos quartos de final. Rebateu as críticas sobre o estilo de jogo da equipa

Minutos depois de Fernando Santos ter feito a antevisão do jogo dos quartos de final, foi a vez de Walid Regragui falar aos jornalistas do jogo com Portugal. O selecionador de Marrocos foi questionado sobre a possível ausência de Cristiano Ronaldo do onze, tal como aconteceu com a Suíça.

“Vamos jogar contra uma das melhores equipas do mundo, com muitos jogadores de qualidade que podem fazer duas ou três equipas. Não sei se o Cristiano Ronaldo vai jogar, mas eu espero que não. É um dos melhores de todos os tempos. Contudo, o nosso foco não vai ser em Portugal, seria um erro. Sabemos que eles também vão querer fazer história, mas vamos ter mais adeptos no estádio e temos de ser otimistas e humildes, sem nos deixar deslumbrar pelo que fizemos contra a Espanha. Vamos cometer um grande erro se entrarmos assoberbados. Portugal vai entrar no máximo, tentar resolver o jogo o mais cedo possível e se podermos chegar ao intervalo com o nulo no marcador vai ser mais complicado para eles”, atirou.

Regragui rebateu também as críticas feitas ao jogo de Marrocos, alegadamente demasiado defensivo.

“Vi muitas críticas, mas não tenho grande escolha quando jogo contra uma das melhores equipas do Mundo. Vejam os últimos jogos de Espanha e quantas equipas tiveram mais posse de bola do que eles? Acontece com a Alemanha, França, Portugal e aconteceu com Marrocos. Porque é que íamos ser nós a inverter isso? Amanhã (terça-feira) talvez Portugal vá ter mais posse de bola, ou então damos um passo em frente e vamos ter mais coragem, logo vemos. Temos um plano preparado”, atirou.

Pela primeira vez nos quartos de final, Marrocos sonha em ser a primeira equipa africana a atingir as meias-finais. Um sonho que Regragui não esconde.

“Queremos entrar para a história, é a mentalidade que temos desde o início. A grande diferença em relação às outras que já aqui estiveram (Senegal, Gana e Camarões) é que nós jogámos contra excelentes seleções, que nos obrigaram a ter muita energia, e existe algum cansaço. O desafio vai ser fazer tão bem como nos últimos jogos e mostrar que África merece estar aqui, que Marrocos merece estar aqui e que o futebol é um desporto global”, concluiu.