A laranja foi bem espremida mas Messi encheu o copo e Martínez tirou o último caroço

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A laranja foi bem espremida mas Messi encheu o copo e Martínez tirou o último caroço

Atualizado
A laranja foi bem espremida mas Messi encheu o copo e Martínez tirou o último caroço
A laranja foi bem espremida mas Messi encheu o copo e Martínez tirou o último caroçoAFP
Uma assistência para o golo de Molina, na primeira parte, e um golo, de grande penalidade, na segunda: Lionel Messi foi decisivo no apuramento da Argentina para as meias-finais do Mundial, mas não sem sofrer, e muito: Van Gaal arriscou, mexeu bem e os Países Baixos reduziram aos 83 minutos, por Weghorst, suficiente para um forcing final que resultou mesmo no segundo golo do avançado do Besiktas, aos 90+11' (!), forçando o prolongamento e os penáltis. Aí surgiu Emiliano Martínez, a voar para duas defesas e, mesmo com Enzo Fernández a atirar ao lado, colocar a Argentina na fase seguinte.

Recorde as incidências do jogo

Onzes iniciais de Países Baixos e Argentina
Onzes iniciais de Países Baixos e ArgentinaFlashscore

Lionel Scaloni surpreendeu logo no onze inicial, apostando num sistema tático com três centrais, decalcado da estratégia neerlandesa, apostando no central do Manchester United, Lisandro Martínez, e retirando o médio Papu Gómez. Molina e Acuña foram mais alas que laterais, com Enzo Fernández como pivô defensivo do meio-campo.

Do lado neerlandês Van Gaal foi ambicioso, lançando Bergwijn no lugar de Klaassen, em relação ao jogo dos oitavos de final, com os Estados Unidos (3-2).

Com os dois esquemas táticos praticamente encaixados, a primeira meia hora da partida foi de enorme equilíbrio, sem ocasiões de perigo. Messi, aos 23 minutos, tirou um remate muito por cima, Bergwijn respondeu aos 25 com remate muito desviado.

Apareceu o extra-terrestre

Aos 34 minutos foi Mac Allister a servir e De Paul a rematar para as mãos de Noppert, antes de aparecer... Lionel Messi. O 1-0, aos 35 minutos, é de Molina, no primeiro golo do lateral-direito do Atlético de Madrid pela Argentina, mas meio golo é mesmo do astro argentino, que recebe no meio e consegue colocar a bola milimetricamente entre van Dijk e Blind, para Molina aparecer a finalizar na cara de Noppert.

Aos 40 minutos novamente Messi, agora a receber de Álvarez e, já na área, a rematar de pé direito para defesa fácil do guarda-redes neerlandês.

A resposta dos Países Baixos chegou de bola parada, sobretudo no livre de Gakpo, no primeiro dos cinco minutos de compensação da primeira parte, mas com Martínez, atento, a segurar perante a queda de Aké na área, em lance com Acuña, amarelado momentos antes.

A mesma laranja... com outra fruta

Para a segunda parte Van Gaal fez duas alterações, lançando Berghuis e Koopmeiners para os lugares de Bergwijn e de Roon, mantendo o 3x4x3 mas colocando Gakpo na frente de ataque, junto a Depay, com Berghuis mais nas costas.

A verdade é que, apesar de manter o esquema tático, os Países Baixos passaram a controlar a bola, com a Argentina mais na expectativa.

Aos 63 minutos, porém, Messi deu novo safanão no jogo. Desequilibrou, foi derrubado por van Dijk à entrada da área e, na cobrança do livre, atirou a rasar a barra da baliza neerlandesa.

Um minuto depois, terceira alteração nos Países Baixos, com a saída de Blind e a entrada de um ponta de lança, Luuk de Jong, com mudança de esquema tático, atuando apenas com quatro defesas.

Lionel Scaloni respondeu, tirando De Paul e lançando Paredes, para ajudar Enzo Fernández nas tarefas defensivas de meio-campo.

Olha, o extra-terrestre

Aos 71 minutos, novo contra-ataque da Argentina, desta vez conduzido por Acuña, que entrou dentro da área e ganhou mesmo uma grande penalidade, derrubado por Dumfries. Na conversão do penálti, aos 73 minutos, Lionel Messi rematou para a direita, Noppert ficou pregado no meio: 2-0. O capitão da Argentina chegou aos dez golos em Mundiais, igualando a marca de Gabriel Batistuta.

Aos 78 minutos Lionel Scaloni, sem correr riscos, retirou os amarelados Acuña e Romero, lançando Tagliafico e Pezzella.

Duas torres: melhor vista para a recuperação

Do lado neerlandês, Van Gaal trocou avançado por avançado, com Weghorst no lugar de Depay, mas com características substancialmente diferentes. E foi com duas torres na área que os Países Baixos reduziram, com o cruzamento de Berghuis, da direita e Weghorst, lançado cinco minutos antes, a reduzir aos 83 minutos e a relançar a discussão da eliminatória.

Nova via para os neerlandeses, que pouco depois, aos 85 minutos, viram Berghuis encher o pé esquerdo, com remate às malhas laterais da baliza da Argentina.

Aos 89 minutos a Argentina, tentando aguentar o ímpeto neerlandês, viu Paredes derrubar Aké, bem perto do banco neerlandês, para onde pontapeou a bola: todos saltaram e, na confusão, van Dijk atropelou Paredes: o árbitro amarelou apenas o argentino pela falta cometida e pela bola rematada contra o banco adversário.

Aos 90+3 novamente Berghuis, desta feita num livre frontal, mas a rematar contra a barreira.

Afinal havia sumo!

Foi aos 90+11', um minuto para lá dos dez minutos de compensação concedidos pelo árbitro, que Koopmeiners, em mais uma bola parada para os Países Baixos, bateu o livre rasteiro, por baixo da barreira, Enzo Fernández ainda encostou em Weghorst mas o avançado, em esforço, conseguiu mesmo o remate e o golo, bisando na partida e atirando o jogo para prolongamento.

Nervos à flor da pele, Lionel Scaloni a disparar na direção do árbitro Mateu Lahoz mal este apitou para o final dos 90 (longe disso) minutos, pequena pausa para refrear os ânimos e mais 30 minutos de emoções fortes e, sobretudo, futebol de alto gabarito.

Um sopro de Enzo Fernández

No prolongamento novamente a diminuição do risco, de parte a parte, com o perigo a rondar a baliza neerlandesa aos 104 minutos, quando Messi bateu um livre para a área e Otamendi quase a chegar para o desvio, ao segundo poste.

Para a segunda parte do prolongamento Lionel Scaloni lançou Montiel no lugar de Molina, autor do 1-0, numa troca direta de laterais-direitos.

Aos 110 minutos, num livre direto batido à maneira curta, Messi encarou de Jong de frente, tirou-o do caminho mas o remate saiu muito por cima. Aos 112', mais uma alteração de Scaloni, desta vez lançando Di María para a reta final, retirando o central Lisandro Martínez.

Van Gaal também tinha uma última cartada na manga, estreando Noa Lang, do Club Brugge, neste Mundial, retirando o apagado Gakpo.

Aos 115 minutos a grande ocasião do prolongamento, com Enzo Fernández a furar a defesa neerlandesa, a cruzar e Lautaro a rematar para um corte crucial e decisivo de van Dijk. Logo depois novamente o médio do Benfica, desta feita num remate de pé esquerdo para desvio de Weghorst por cima da baliza. Na cobrança do canto, cobrado por Di María, Pezzella cabeceou por cima.

Na reta final do prolongamento primeiro os Países Baixos, com Berghuis a tirar Otamendi da frente e a tirar o cruzamento que Emiliano Martínez agarrou, lançando o contra-ataque que só terminou com a defesa de Noppert, a remate de Lautaro de pé esquerdo. 

Mas havia mais: 120 minutos, Messi rematou ao lado, servido por Enzo Fernández, Di María num canto direto viu Noppert desviar por cima da barra e, um minuto para lá dos 120, novamente Enzo Fernández, com um tiraço ao poste da baliza neerlandesa.

Emiliano voou, Enzo falhou

Nos penáltis os Países Baixos escolheram bater primeiro mas van Dijk, logo a abrir, permitiu enorme defesa de Emiliano Martínez. Seguiu-se Messi, com classe, a bater, antes de Berghuis bater para o lado contrário de van Dijk mas Emiliano Martínez novamente a voar e a defender. A Argentina colocou-se a vencer por 2-0, com conversão perfeita de Paredes. O primeiro penálti convertido para os Países Baixos surgiram do pé esquerdo de Koopmeiners mas Montiel também não perdoou.

No primeiro match point Weghorst não tremeu: guarda-redes para um lado, bola para o outro. A bola decisiva ficaria, então, para Enzo Fernández, que... rematou ao lado. De Jong, a seguir, fez o 3-3, os neerlandeses a sobreviver até final e, em novo penálti decisivo, Lautaro Martínez não perdoou e apurou mesmo a Argentina para as meias-finais.

Os marcadores e... quem falhou no castigo máximo
Os marcadores e... quem falhou no castigo máximoFlashscore

Homem do jogo Flashscore: Lionel Messi (Argentina)

Messi fez um golo e uma assistência
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