A última dança: Quem vê no Mundial-2022 a derradeira hipótese para conquistar o troféu

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A última dança: Quem vê no Mundial-2022 a derradeira hipótese para conquistar o troféu

Messi e Ronaldo podem fazer, em 2022, o último Mundial da carreira
Messi e Ronaldo podem fazer, em 2022, o último Mundial da carreiraProfimedia
Messi, Ronaldo e muitos outros grandes nomes do futebol mundial chegam ao Catar sabendo que será a sua última oportunidade de ganhar o troféu.

A 20 de Novembro, o duelo entre o Catar e o Equador (16 horas) dará início a um dos Campeonatos do Mundo mais controversos da história.

Atual campeã europeia, Itália estará ausente, tal como o Chile, a Colômbia ou a Suécia , que não conseguiram garantir um lugar na fase de qualificação. Haverá, contudo, controvérsia sobre a nação anfitriã, que acabou na mira da opinião pública devido a questões relativas aos direitos humanos e condições dos trabalhadores migrantes. Existiu também muita discussão sobre a decisão de realizar um Campeonato do Mundo no inverno europeu - a meio da época dos principais campeonatos - uma decisão inédita, destinada a contrariar as temperaturas extremamente elevadas do verão na Península Arábica.

Um Campeonato do Mundo que também irá ver muitas ausentes devido a lesões ou falta de condição física. À medida que se ficaram a conhecer as convocatórias oficiais, muitos adeptos ouviram, desanimados, os treinadores a anunciar que nomes como Paul Pogba, Timo Werner, N'golo Kanté e Reece James não iriam estar presentes no Catar.

Por outro lado, não faltarão os grandes campeões que reescreveram o futebol na última década, alguns deles que poderão estar a preparar-se para disputar o último Campeonato do Mundo.

Os dois maiores nomes são certamente os dos futebolistas que serão recordados não só como os melhores da sua época, mas de toda a história do desporto: Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. No caso de ambos, muito provavelmente estamos a falar da última participação num Campeonato do Mundo, sobretudo se tivermos em conta a questão da idade: o português vai celebrar o 38.º aniversário em fevereiro próximo, o argentinos já soma 35 anos. 

Dois dos melhores da história do futebol, mas que nunca conseguiram ganhar o troféu que mais importa. A ausência de um título não prejudica um palmarés rico, onde constam Bolas de Ouro, Ligas dos Campeões, Supertaças Europeias e títulos nacionais, mas acaba por pesar muito nas histórias pessoais de dois jogadores de topo sedentos de sucesso, particularmente na de Messi.

Lionel Messi vai tentar no Catar conquistar o terceiro Mundial da história da Argentina
Lionel Messi vai tentar no Catar conquistar o terceiro Mundial da história da ArgentinaProfimedia

O argentino há muito que tem uma malapata com a camisola albiceleste. Apresentando números incríveis ao serviço do Barcelona, nem sempre conseguiu traduzir isso no espaço da seleção da Argentina. O momento nmais baixo talvez tenha sido em 2016 quando, depois de perder a final da Copa América com o Chile (a terceira final de uma grande competição, depois de ter sido derrotado pelos chilenos em 2015 e pelos alemães no Mundial-2014) decidiu colocar um ponto final na carreira internacional. Regressou, com a braçadeira de capitão no braço, em 2021 e o estatuto de estrela que levou a Argentina à conquista da Copa América diante do Brasil com a vitória por 1-0 na final. Um sinal de viragem que deixa os argentinos e La Pulga entusiasmados com a perspetiva de voltar a levar o troféu do Campeonato do Mundo de Futebol de volta ao país, pela primeira vez desde 1986.

História diferente para Cristiano Ronaldo, que chega ao Catar com muito menos otimismo e um grande desejo de redenção para ultrapassar um período mais complicado no Manchester United, com as exibições apagadas no Manchester United (16 partidas e marcou três golos) a juntarem-se à polémica fora de campo. 

Depois do Euro-2016, Ronaldo sonha em vencer um Mundial
Depois do Euro-2016, Ronaldo sonha em vencer um MundialProfimedia

À entrada para o Mundial-2022, Portugal não parece ser um dos grandes favorito para ganhar o troféu, especialmente se tivermos em conta os resultados frente às grandes seleções que defrontou nos últimos anos (derrotas com Espanha, Sérvia, Bélgica e Alemanha). O futebol, porém, vive de histórias e surpresas incríveis, e o título para Ronaldo seria a mais bela redenção após um período infeliz antes do seu adeus definitivo à Seleção Nacional.

Neymar é a principal estrela do Brasil
Neymar é a principal estrela do BrasilProfimedia

Outro dos nomes que tem tudo para ser protagonista em 2022 é Neymar. Com 30 anos completados em fevereiro passado, não há certezas sobre se o jogador do PSG vai participar no Campeonato do Mundo de 2026 na América do Norte. Mais certo, porém, será o facto de o brasileiro daqui a quatro anos já não se assumir como líder indiscutível do Brasil, dado o crescimento de jovens como RodrygoVinicius Jr., que muito provavelmente serão os pilares do Brasil do futuro. Para já, o jogador do PSG é a grande estrela do conjunto orientado por Tite e sobre quem repousam a esperanças do hexacampeonato, 20 anos depois da conquista do penta.

De Bruyne é o grande virtuoso da Bélgica
De Bruyne é o grande virtuoso da BélgicaProfimedia

O mesmo se aplica a outro fenómeno do futebol europeu, Kevin De Bruyne. O belga do Manchester City pertence a uma geração dos diabos vermelhos que parecia pronta para conquistar o mundo. Contudo, os troféus nunca chegaram e os desempenho nas fases finais das grandes competições ficaram sempre aquém do esperado. A Bélgica nunca foi capaz de explorar plenamente o seu incrível potencial, e no Catar poderia ter a sua última oportunidade de coroar uma das grandes gerações do futebol daquele país.

Luka Modric foi o melhor jogador do Mundial-2018
Luka Modric foi o melhor jogador do Mundial-2018Profimedia

Outro que com a camisola da selecção não conseguiu replicar o que alcançou ao nível dos clubes foi Luka Modric. Símbolo do Real Madrid já com 37 anos, o croata esteve muito perto de tocar o céu com as cores do seu país: em 2018, depois de uma campanha sensacional, a Croácia acabou por sucumbir perante a França (2-4), na final do Campeonato do Mundo. Para o médio foi um pequeno consolo ser nomeado o melhor jogador do torneio. Não é suficiente para alguém habituado a ganhar (quase) sempre, especialmente na final, com os blancos.

Benzema foi eleito o Bola de Ouro em 2022
Benzema foi eleito o Bola de Ouro em 2022AFP

Para o fim da lista está um dos jogadores mais galardoados do futebol mundial: Karim Benzema. O homem do momento, que há apenas algumas semanas foi galardoado com a Bola de Ouro e que começa a ganhar preponderância ao nível da seleção, deixando para trás polémicas (o escândalo com Valbuena em que foi a julgamento) e fricção com Didier Deschamps, o que também lhe custou a chamada para o Campeonato do Mundo na Rússia, que os seus companheiros de equipa então venceram. O regresso aconteceu em 2021, para o Europeu, depois de um exílio de seis anos. Esta França não é uma das mais belas, se tivermos em conta os últimos anos, mas o avançado tem o dever (e o direito) de apontar ao lugar mais alto do pódio, e assim coroar uma carreira repleta de sucessos, atingindo a redenção com a seleção.