Depois de ter revelado que recebeu uma oferta de dinheiro para perder um jogo, durante a sua carreira como futebolista, Aday Benítez esclareceu, em declarações ao programa El Larguero, da Cadena SER, que nunca foi contactado por qualquer clube e que a intenção terá partido de alguém ligado ao mundo das apostas que, garante, não voltou a ver.
Manifestando-se "surpreendido" pelas proporções que as suas declarações tomaram, o antigo futebolista reforçou que nunca aceitou o dinheiro que lhe foi proposto. "Como ia aceitar uma oferta tendo subido de divisão na semana anterior? Não faz qualquer sentido. Não foi mais longe porque nem sequer sabia quem eram, era alguém ligado a apostas.... Não sei exactamente", explicou.
Benítez recordou ainda que o encontro se deu "pessoalmente" e que "nessa altura não havia a informação que os clubes dão agora para denunciar estes casos".
"A única coisa de que tinha a certeza era de que não podia aceitar, nem por ganhar nem por perder, por nada. Quando disse que era por perder, é o que acho, porque para ganhar seria mais difícil. Imagino que a aposta seja sempre para perder... imagino", acrescentou.
A situação, recorda, aconteceu na antecâmara do duelo entre Córdoba e Girona, que já não servia de nada para qualquer uma das equipas. Desde então, assegura, nunca mais viu a pessoa em questão. "Nem me recordo da sua cara", disse.
"Não sei quem é a pessoa. Não a voltei a ver. Disse-me que, se eu quisesse saber mais, podia ir ter comigo. Nunca mais soube dela", vincou Benítez, que fez questão de aclarar que nunca recebeu ofertas de qualquer clube.
"Vi um comentário... a mim, nunca me ofereceram um euro de um clube, quero deixar isso bem claro. Nunca".
Questionado sobre a queixa apresentada pela LaLiga, o antigo defesa admitiu "um susto", mas afirmou estar "tranquilo", garantindo que, sobre si, "não vão encontrar nada".
"Nunca recebi nada. E as pessoas que me conhecem poriam a mão no fogo por mim nesse aspeto. No contexto em que estávamos, contei uma história que é curiosa e da qual me lembro por ter sido um momento marcante, evidentemente, mas nessa altura não havia informação de como podíamos denunciar", sustenta.
"Era claro que não podíamos apostar ou receber dinheiro de apostas. E em nenhum contexto o faria, claro, ainda por cima no caso que era... Tínhamos acabado de subir, ia jogar a Primeira Divisão com 29 anos e ia arriscar a minha carreira por 50.000 euros? Era inviável", apontou.