"Ela olhou para mim e disse: 'Ester, eu tenho a sorte de ter boas condições de vida e não quero indemnização, quero a prisão'. Eu disse-lhe que tinha direito a isso, apesar de não querer, mas ela foi contundente. 'Se tiver dinheiro de indemnização envolvido, eu não a contrato‘", disse Ester García López, advogada que considera o caso de Dani Alves "com mais indícios que o comum", uma vez que tudo foi "feito de forma imediata".
"A minha cliente saiu da discoteca de ambulância, e isso já mostra como a atuação foi imediata. Muitas vezes as mulheres demoram 15 dias, ou um ou dois meses para denunciar. Com isso, muitas provas desaparecem: já não há roupas íntimas, já não se pode fazer o protocolo de qualquer hospital, de colheita de ADN", explicou a advogada, acrescentando que tem sido feito um grande esforço para manter o anonimato da vítima e que esta tem tomado medicação para dormir, assim como para prevenir eventuais doenças sexualmente transmissíveis, tendo em conta que "não foi utilizado preservativo" na alegada violação de Dani Alves.
"Caiu numa armadilha", diz o irmão
Do lado de Dani Alves, foi o seu irmão, Ney, a sair em sua defesa, também em entrevista, mas a uma televisão espanhola, defendendo que o internacional brasileiro "caiu numa armadilha" que redundou na sua prisão efetiva, sem direito a fiança.
"A minha família não vai desistir. O meu irmão tem uma carreira impecável pelo mundo, e essa confusão está a afundar a carreira dele. Definitivamente, faremos tudo o que pudermos para tirar o meu irmão desse esquema demoníaco-diabólico em que foi colocado", referiu Ney.