Oscar Pistorius, de 37 anos, deve comparecer perante um comité de liberdade condicional na sexta-feira, na prisão de Pretória, onde se encontra detido.

"O melhor cenário seria uma libertação imediata" a partir de sexta-feira, disse o advogado do ex-atleta, Conrad Dormehl, à AFP na quarta-feira.

Entretanto, peritos jurídicos e um advogado da família da vítima disseram à AFP que, se lhe for concedida a liberdade condicional, a libertação efetiva poderá demorar semanas.

No geral, o Departamento de Serviços Correccionais (DCS) segue uma "política de um mês", que concede 30 dias aos prisioneiros para completarem um programa de preparação antes de os deixar sair, disse Nicole van Zyl, investigadora jurídica da Universidade do Cabo Ocidental.

A data poderia ser fixada mais cedo se as autoridades tivessem em conta o atraso causado pelo erro no cálculo do período mínimo de detenção de Pistorius e a publicidade em torno de um caso muito mediático, acrescentou.

Por isso, a libertação imediata não é "impossível", concluiu Dormehl.

Na noite de 13 de fevereiro de 2013, o atleta matou a sua companheira, a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos, com quatro tiros através da porta da casa de banho do quarto do casal, na sua residência em Pretória.

Detido na manhã seguinte, negou ter matado a jovem num acesso de raiva, e assegurou que a confundiu com um ladrão.