Análise Croácia: Finalistas vão ter de suar na fase de grupos

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Análise Croácia: Finalistas vão ter de suar na fase de grupos

Luka Modric continua a ser a figura de proa da Cróácia
Luka Modric continua a ser a figura de proa da CróáciaProfimedia
Como nação futebolística, a Croácia tem historicamente lutado contra a adversidade. As suas equipas de ouro, de 1996 a 1998, nasceram da Guerra da Independência, que só terminou no final de 1995. A sua histórica viagem até à final do Campeonato do Mundo de 2018 foi precedida por um despedimento tardio do treinador Ante Čačić, pouco antes do último jogo de qualificação, e da polémica em torno da grande figura da equipa, Luka Modrić, acusado de falso testemunho no julgamento de Zdravko Mamić. Agora, a Croácia parece estar totalmente tranquila, como finalista do último Mundial e finalista da Liga das Nações. Será um mau presságio?

Introdução

Invicta há cinco jogos, apesar de ter enfrentando, nesse ciclo, por duas vezes a França, campeã do Mundo, e outras duas a Dinamarca, semi-finalista, a Croácia chega a este Mundial para um canto do cisne de uma grande geração. Com maior profundidadde de opções, um aumento de confiança e uma folha limpa no capítulo clínico dos 26 convocados, depois do regesso de Brozovic, a Croácia parece uma série ameaça aos favoritos. O treinador Zlatko Dalić, um homem de fé, passou parte da preparação para o Mundial numa peregrinação de 130 quilómetros, desde a sua cidade natal, Livno, até a um santuário católico em Međugorje. Será que a Croácia também conseguirá chegar à meta da sua peregrinação no Catar?

Zlatko Dalic, um selecionador de fé
Zlatko Dalic, um selecionador de féHNS

Pontos fortes

Podia ser fácil esquecer que, na altua da pandemia, a Croácia mostrou o seu pior lado. Entre a qualificação para o Campeonato do Mundo e o último verão, nenhum outro participante do Campeonato da Europa sofreu mais golos que a Croácia (média de 1,62 por jogo). A verdade é que o registo melhorou, e muito, depois dos duelos com Dinamarca e França na Liga das Nações: nenhuma outra equipa da Liga A conseguiu limitar tanto o número de remates dos adversários como a Croácia.

Do outro lado do campo, os dois veteranos mais queridos dos croatas continuam a dar cartas. Já não trabalham tanto para a equipa como antes, mas isso não significa que tenham deixado de ser de classe mundial. Luka Modric guardou o melhor para o fim, guiando a Croácia perante Dinamarca e Áustria. Perisic, com 34 anos, tem também uma derradeira oportunidade neste Mundial, competição onde leva nove golos marcados num total de 14 jogos.

Pontos fracos

À primeira vista, a Croácia parece ser uma equipa bem equilibrada, capaz de criar oportunidades e conceder poucas. No entanto, num olhar mais profundo, há problemas por resolver. Em primeiro lugar, os oito golos marcados na Liga das Nações parecem positivos mas dois deles foram apontados de grande penalidade. É, igualmente, uma seleção balanceada para a esquerda, com 47,5 por cento de todo o jogo a ser criado e desenvolvido nesse flanco. Para uma equipa com uma frente ofensiva formada por nomes como Brozovic, Kovacic e Modric, o volume de golos é especialmente dececionante.

XI Ideal

D. Livaković - J. Juranović, M. Erlić, J. Gvardiol, B. Sosa - L. Modrić, M. Brozović, M. Kovačić - M. Pašalić, A. Kramarić, I. Perišić.

A Croácia é uma seleção construída em torno do trio de meio-campo, formado por Modric, Brozovic e Kovacic. A grande dúvida permanece no ataque, onde não existe um ponta de lança de referência. Antes do Euro-2020 o nome de Andrej Kramaric despontou, quando rivalizava em número de golos na Bundesliga com Robert Lewandowski. A produção do avançado do Hoffenheim, porém, caiu e muito, a ponto de haver enorme pressão sobre Dalić para encontrar uma alternativa. Marko Livaja, melhor jogador do campeonato croata da última época, com 32 golos pelo Hajduk, surge neste momento como a hipótese mais provável a sair do banco.

Previsão

A Croácia é favorita a passar o grupo, ainda que o grande candidato seja a Bélgica. Porém, Marrocos e Canadá são adversários de respeito e que prometem colocar em sentido a equipa de Modric e companhia. Passar esta fase de grupos é o mínimo exigido, se bem que para lá dos oitavos de final passe a ser difícil continuarmos a ver as camisolas axadrezadas.