Suécia 40-33 Portugal

Em Hamburgo havia licença para sonhar. Depois das vitórias sobre Noruega e Eslovénia, Portugal queria carimbar uma histórica fase principal no Europeu de Andebol, de forma a garantir a inédita presença nas meias-finais da competição. Contudo, do outro lado estava um obstáculo do maior nível dificuldade: a campeã europeia Suécia.

E cedo Portugal percebeu que, pese embora toda a evolução que tem vindo a registar e que nunca é demais assinalar, a diferença ainda existe com o topo do topo. Palicka cedo mostrou porque é um dos melhores guarda-redes do mundo e defendeu os primeiros remates, permitindo aos suecos construir uma vantagem de dois golos (3-1).

A reação

Se há coisa que Portugal já demonstrou, em particular contra a Noruega, é que não baixa aos braços. Apoiado num Gustavo Capdeville em boa forma (sete defesas), a equipa portuguesa conseguiu colocar-se por duas vezes em vantagem (8-7 e 14-13) e por momentos voltou a existir ilusão em Hamburgo, de que era possível bater uma das melhores equipas da modalidade.

E isto sem Martim Costa que ficou no banco durante grande parte do primeiro tempo. Com oito golos, o lateral ultrapassou Carlos Resende (Croácia-2000) e tornou-se no melhor marcador de Portugal numa só edição de um Europeu, com 46 tentos no Euro-2024 (sendo que é também o melhor marcador da competição neste momento). 

A montanha Thulin

Contudo, no final da primeira parte surgiu a diferença entre ser muito bom e ser de elite. Portugal foi acumulando pequenos erros no ataque, a Suécia aproveitou e não desperdiçou, com Lucas Pellas (10 golos) em destaque chegou ao intervalo com quatro golos de vantagem (19-15).

E no segundo tempo, a equipa de Paulo Jorge Pereira acabou por desmoronar perante uma montanha chamado Thulin (10 defesas) que segurou Portugal durante sete ataques consecutivos no início do segundo tempo. Foram sete minutos sem marcar para a Seleção Nacional, fatais frente a uma Suécia que não desperdiçava e ia aumentando a vantagem até aos seis golos (25-19).

Foi um golpe duro para a equipa das quinas. A Suécia segurou a vitória e praticamente o bilhete para as meias-finais, onde deverá ter a companhia da Dinamarca. Quanto a Portugal vai agora defrontar os Países Baixos e carimbar o terceiro lugar no Grupo 2, que lhe permite discutir o quinto lugar do Europeu contra quem ficar no terceiro posto do Grupo 1.