Recorde as principais incidências
Quis o destino que depois de um desafio com a Dinamarca a encerrar a fase de grupos do Europeu de Andebol, Portugal começasse a main round com outra equipa nórdica, a Noruega.
Apesar de ser, à partida, um dos candidatos a ir longe na competição, a verdade é que, ao contrário de Portugal, a Noruega desiludiu na primeira fase, ao vencer apenas a Polónia no primeiro encontro, antes de empatar (26-26) com os estreantes das Ilhas Faroé.
Rêma segurou outra vez
Isto fez com que Portugal e Noruega entrassem na main round com os mesmos pontos (zero). No entanto, os noruegueses rapidamente mostraram o porquê de serem cotados como um dos melhores conjuntos do Europeu.
A equipa de Paulo Pereira marcou primeiro, mas depois sentiu muitas dificuldades no aspeto ofensivo, valendo novamente o guarda-redes Diogo Rêma para manter a equipa portuguesa em jogo nos primeiros minutos.
De facto, as fragilidades portuguesas no momento de finalizar contrastaram sempre com as forças defensivas, o que terá motivado Paulo Pereira a adiar ao máximo a pausa técnica, apesar da desvantagem de três golos que a Noruega foi conseguindo criar.
Depois de Rêma, Portugal começou também a dar nas vistas no ataque e afastou-se do nervosismo no momento de atirar à baliza norueguesa. Francisco e Martim Costa destacaram-se neste aspeto, mas foi depois da tal pausa técnica que o jogo português mudou em definitivo.
Na conversa entre Paulo Pereira e os jogadores, a estratégia definida conduziu Portugal a uma sequência espetacular de seis golos consecutivos. Pela primeira vez desde o primeiro golo, Portugal colocou-se em vantagem e levou-a até ao intervalo (15-18).
Ataque pela incerteza
Se no início do primeiro tempo Portugal contou com o processo defensivo, Rêma e a sorte dos ferros, a segunda parte foi ligeiramente diferente nesse aspeto.
A equipa portuguesa estava mais confiante e percebeu que a defesa não seria suficiente para ultrapassar uma equipa norueguesa que, tal como Portugal, também se mostrou mais eficaz.
Martim Costa voltou a ser determinante e ajudou a manter a vantagem portuguesa durante todo o segundo tempo. De um para dois golos de diferença, Portugal conseguiu gerir a partida e o marcador e entrou da melhor forma na main round, acabando mesmo a partida com uma vantagem de cinco golos para os noruegueses (32-37). Melhor início era impossível.