Realizaram-se, este domingo, as cerimónias fúnebres de Fernando Gomes. O bibota de ouro faleceu no sábado, aos 66 anos, vítima de doença prolongada e foram vários os elementos com ligação ao FC Porto que apareceram para uma última homenagem ao antigo goleador português.

Um deles foi André Villas-Boas, confesso adepto do clube e que já passou pelo banco dos azuis e brancos. Ao falar aos jornalistas, acabou por deixar no ar uma proposta de uma forte homenagem a Fernando Gomes.

“É uma perda irreparável para a família e o FC Porto. Um dos símbolos máximos do clube, alguém que recordamos com muita paixão, intensidade e não só pela beleza com que jogava, mas pelas celebrações. Os números falam por si, é o nosso maior goleador de sempre e era uma pessoa com carisma e humidade fora do normal”, atirou, deixando uma sugestão: “Quando morreu o Maradona pensou-se em retirar o ‘10’, o Fernando Gomes tem esse impacto com o ‘9’. Não sei se era justo pensar nisso, porque é um número muito emblemático, e muito forte para os pontas-de-lança, mas pelo menos ter as iniciais FG em cada ‘9’ do FC Porto. Espero que algum sócio faça essa proposta em Assembleia-Geral”.

Uma ideia que Paulo Futre, antigo colega de Fernando Gomes no FC Porto, concordou.

“Concordo com tudo, até que Portugal jogue amanhã (segunda-feira com o Uruguai), com uma braçadeira negra. Estamos a falar de um dos grandes. O FC Porto era tudo para ele, mas nunca o ouvi incentivar à violência, sempre respeitou os rivais. Foi um senhor”, asseverou o antigo internacional português.

Recorde-se que o atual número ‘9’ do FC Porto é Mehdi Taremi, avançado iraniano que chegou há três temporadas do Rio Ave. Uma camisola que o jogador herdou de Vincent Aboubakar.