Pragmatismo e eficácia: FC Porto supera SC Braga e conquista 19.ª Taça de Portugal

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Pragmatismo e eficácia: FC Porto supera SC Braga e conquista 19.ª Taça de Portugal
Atualizado
FC Porto procura a 19.ª vitória, SC Braga a quarta
FC Porto procura a 19.ª vitória, SC Braga a quarta
LUSA/Opta by Stats Perform
Um autogolo de André Horta e o remate certeiro de Otávio fizeram a diferença na final da Taça de Portugal, num encontro em que Wendell e Niakaté foram expulsos deixando as equipas reduzidas a 10 jogadores. Os dragões foram superiores ao longo do encontro diante de um SC Braga que não soube responder ao ímpeto ofensivo adversário e à desvantagem no marcador, nem corresponder à superioridade numérica quando teve hipótese.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

Sérgio Conceição não surpreendeu e voltou a confiar a baliza a Cláudio Ramos, mantendo o onze base da época com Wendell a lateral esquerdo. Já Artur Jorge apostou na dupla Niakaté-Tormena no eixo e um meio-campo a dois para colocar um trio de médios ofensivos atrás do avançado Abel Ruiz.

Escolhas iniciais dos treinadores
Flashscore

À imagem do que têm sido o passado recente, o FC Porto voltou a ter uma entrada sufocante. Aos cinco minutos, Evanilson esteve no centro de uma dupla oportunidade, primeiro a cruzar para Taremi e Otávio servirem o remate de Eustáquio para defesa tranquila de Matheus e, logo a seguir, numa perda de bola bracarense, a cabecear para nova intervenção do guarda-redes.

O médio luso-canadiano voltou a tentar a sorte de meia distância sem sucesso, Uribe procurou surpreender o guarda-redes com um chapéu do meio campo que não saiu longe e, pouco depois, Evanilson aqueceu as luvas de Matheus com uma bomba dentro de área, após perda de bola de Niakaté.

Do lado do SC Braga, muito pouco, exceto as perdas de bola. Os gverreiros até construíam bem algumas jogadas, mas no último terço faltava qualquer coisa para ameaçar a baliza de Cláudio Ramos. Após 37 minutos sem qualquer remate - o FC Porto somava 7 -, Bruma furou a defesa e Ricardo Horta rematou forte para defesa apertada do guardião português. Um aviso que tremeu as fundações até então bem sólidas dos dragões.

As várias paragens por queixas físicas - consequência do elevado nível de agressividade - impediram o jogo de entrar num ritmo mais interessante e obrigaram a uma substituição antes do descanso, com Evanilson a sair com problemas musculares - em lágrimas - e a ser rendido por Toni Martínez.

Estatísticas ao intervalo
Flashscore

Sem alterações no regresso dos balneários, o recomeço foi feito em alta rotação: primeiro Galeno rematou à meia volta às malhas laterais, depois foram os minhotos a responder numa jogada coletiva, com Bruma a lançar a desmarcação de Borja, cujo cruzamento saiu perigoso, mas demasiado alto para encontrar correspondência. 

Na resposta, Otávio conseguiu furar linhas e, com um grande passe, furou também a defesa pelo flanco esquerdo, onde Galeno ganhou em velocidade a Victor Gómez, tirou um cruzamento rasteiro e André Horta, na tentativa de impedir o golo de Toni Martínez, acabou por empurrar para a própria baliza, inaugurando o marcador.

Artur Jorge não teve meias medidas e foi ao banco buscar soluções: Álvaro Djaló, Uros Racic e Joe Mendes entraram para os lugares do infeliz André Horta, Cristian Borja e Iuri Medeiros. As hostes bracarenses animaram quando João Pinheiro foi ao monitor do VAR rever uma entrada dura de Wendell sobre Victor Gómez e mostrou o cartão vermelho direto ao defesa brasileiro.

Com a desvantagem numérica, Sérgio Conceição viu-se obrigado a mexer e tirou o recém-entrado Toni Martínez, que deu lugar a Zaidu, aproveitando para cerrar as linhas e diminuir o ritmo de jogo. No banco do SC Braga continuavam as mudanças: Banza e Pizzi entraram para os lugares do amarelado Victor Gómez e de Tormena, que também saiu queixoso.

Mas saiu furado o xadrez de Artur Jorge. Aos 79 minutos, um passe displicente de Joe Mendes permitiu a Taremi ganhar a bola e ser derrubado por Niakaté quando seguia isolado. Vermelho direto para o francês e os bracarenses ficaram apenas com um defesa de raiz em campo... o próprio Joe Mendes.

E não foi preciso esperar muito até que a igualdade numérica causasse estragos. Dois minutos depois, Zaidu lançou Galeno nas costas da defesa, o brasileiro ganhou em velocidade, entrou na área e serviu Otávio que se antecipou a Racic e empurrou para o 2-0. Uma mão e meia já estava na Taça, faltava segurá-la com segurança. 

Nos minutos finais do encontro, Banza desperdiçou as duas melhores oportunidades dos minhotos no encontro, com dois remates de primeira dentro de área que não acertaram na baliza. Pelo meio, Galeno ainda acertou na trave e ficou perto de avolumar a vitória que, no entanto, não fugiu aos portuenses. Sérgio Conceição tornou-se no primeiro treinador dos dragões a vencer três Taças de Portugal.

Homem do jogo Flashscore: Otávio (FC Porto).