Recorde as incidências da partida

Numa Bombonera lotada, o colombiano Álvaro Angulo marcou o golo que garantiu a vitória ao Rojo de Avellaneda. O lateral resolveu o jogo aos 64 minutos, com uma jogada individual de grande classe, deixando dois adversários para trás antes de bater o guarda-redes Agustín Marchesín.
Com este triunfo por 1-0, o Independiente avança para as meias-finais do Torneio Apertura-2025 e vai jogar em casa frente ao Huracán, que no domingo também venceu fora, derrotando o Rosario Central por 1-0 no primeiro jogo dos quartos-de-final.
A outra meia-final será disputada pelo San Lorenzo, que eliminou o Argentinos Juniors por 8-7 nas grandes penalidades, após um empate a um golo no tempo regulamentar. O adversário sairá do duelo entre River Plate e Platense, marcado para terça-feira, no Estádio Monumental.
Mais uma deceção
Depois de sofrer o golo do colombiano Álvaro Angulo, o Boca Juniors tentou reagir, mas mostrou-se incapaz de criar perigo real. A ausência de jogadores importantes, como o espanhol Ander Herrera e o uruguaio Edinson Cavani — ambos afastados há várias semanas — acentuou o desespero da equipa, que chegou ao ponto de colocar um defesa no ataque para tentar cabecear um cruzamento.
A derrota foi mais um duro golpe num primeiro semestre para esquecer. Eliminado na fase de grupos da Taça Libertadores, em fevereiro, pelo Alianza Lima, derrotado pelo River Plate no Superclássico e novamente afastado da final do Torneio Apertura, o Boca vê os seus principais rivais — como o Independiente — a brilhar em palcos internacionais, enquanto acumula desilusões.
O desaire frente ao Independiente quebrou uma invencibilidade de 15 jogos em La Bombonera, e a vitória dos de Avellaneda fora de casa, a primeira em 13 anos, simboliza bem o momento cinzento que vive o Xeneize, que ainda não venceu um jogo de grande relevância em 2025.
A frustração foi audível nas bancadas: "Que se vão todos, que não fique nenhum", gritaram os adeptos do Boca. A meio do encontro, outro cântico ecoou com força: "Movam-se, Boca, movam-se... hoje não podemos perder", numa clara demonstração do descontentamento com o rendimento da equipa.
Em plena crise desportiva, o presidente do Boca Juniors, Juan Román Riquelme, terá agora de escolher um novo treinador. A derrota no Superclássico frente ao River Plate, há algumas semanas, precipitou a saída de Fernando Gago, que foi substituído de forma interina por Mariano Herrón, técnico que esteve no banco na eliminação frente ao Independiente.
O próximo desafio do Boca será o Mundial de Clubes da FIFA, agendado para junho e julho. Contudo, a equipa chega ao torneio com níveis baixos de confiança e em clara perda de forma.
Do lado do Independiente, o treinador Julio Vaccari destacou a dificuldade do confronto e elogiou o desempenho do seu plantel:
“Este torneio será ganho pela equipa que jogar melhor nestas fases. Tentámos controlar o jogo, foi complicado na primeira parte, mas esta equipa já tem um percurso sólido e isso fez a diferença.”