No próximo 26 de julho, o COI enviará os convites para os próximos Jogos Olímpicos de verão a todos os 203 comités olímpicos nacionais elegíveis, excluindo a Rússia e a Bielorrússia, bem como a Guatemala, cujo comité olímpico foi suspenso em outubro de 2022 devido a interferências políticas.

O COI anunciou em março que iria decidir "em devido tempo" sobre a delicada questão da presença de atletas russos e bielorrussos sob uma bandeira neutra em Paris, deixando esta decisão ao seu critério e "sem estar ligada aos resultados de anteriores eventos de qualificação olímpica".

Mesmo que o COI aceitasse atletas de ambos os países sob bandeira neutra, a sua presença seria limitada: a sua participação em desportos colectivos "não pode ser considerada", enquanto a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) - um dos principais desportos olímpicos - continua a recusar-se a reintegrar atletas russos e bielorrussos nas suas competições.

Comité Olímpico Internacional toma posição

Após a invasão da Ucrânia, o COI recomendou, em fevereiro de 2022, que a Rússia e a sua aliada Bielorrússia fossem excluídas das competições internacionais, mas no início deste ano permitiu que os atletas destes países regressassem a algumas competições com estatuto neutro, sem as suas insígnias e hino nacionais.

Várias federações desportivas internacionais reintegraram atletas russos e bielorrussos, na condição de não apoiarem a guerra e de não trabalharem para os seus organismos militares ou de segurança nacionais.

Os Jogos Olímpicos de Paris decorrem de 26 de julho a 11 de agosto de 2024 e a qualificação olímpica já começou em vários desportos.

Os atletas da Rússia e da Bielorrússia podem competir em competições asiáticas para se qualificarem para os Jogos Olímpicos, uma vez que não têm acesso à maioria das eliminatórias europeias.

Algumas federações internacionais, incluindo a World Athletics, opuseram-se ao regresso dos russos e dos bielorrussos, desafiando a recomendação do COI.

"Cada federação terá uma posição diferente. As federações são independentes e podem tomar as suas próprias decisões. Esperamos que sigam as nossas orientações. Muitas já começaram a fazê-lo", disse o porta-voz do COI, Mark Adams.