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Apesar do risco de terrorismo, Oudéa-Castéra não considera possibilidade de transferir cerimónia dos Jogos Olímpicos

Os Campos Elísios com as cores dos Jogos Olímpicos
Os Campos Elísios com as cores dos Jogos OlímpicosAFP
A ministra dos Desportos, Amélie Oudéa-Castéra, afirmou na manhã desta segunda-feira que a transferência da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, prevista para o próximo verão, no Sena, em Paris, não é "uma opção" atualmente considerada, apesar do risco de terrorismo.

"Não temos um plano B, temos um plano A em que há vários planos B", disse à France Inter.

Dois dias depois do atentado à entrada da ponte Bir-Hakeim sobre o Sena, em Paris, em que um agressor com antecedentes de radicalização islâmica, e conhecido por ter problemas psiquiátricos ,esfaqueou até à morte um turista alemão e agrediu outras duas pessoas, a ministra do Desporto reiterou que "a ameaça terrorista, e em particular a ameaça islâmica, existe".

No entanto, "não é nova e não é específica de França, nem específica dos Jogos", sublinhou a Ministra, que se comprometeu a fazer "tudo o que estiver ao alcance para a reduzir o mais possível , com um estado de vigilância absoluta".

A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos está prevista para o final de julho, no Sena, entre as pontes Austerlitz e Iéna. Oudéa-Castéra afirmou que não existe um"plano B".

"Há um certo número de variáveis de ajustamento", afirmou.

Nomeadamente, citou o número de espectadores da cerimónia, que será fixado na primavera e que pode ser "modulado".

Estes ajustamentos dirão igualmente respeito "ao número de festividades que serão autorizadas na zona e em Paris" e "à gestão dos perímetros de segurança".

"Temos a capacidade de garantir a segurança do evento"

Questionado sobre se a deslocalização da cerimónia fazia parte do "segundo plano", a ministro afirmou: "Não é essa a hipótese em que estamos a trabalhar".

Amélie Oudéa-Castéra reiterou que o dispositivo de segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos será "muito reforçado", em resposta à preocupação causada pelo atentado de sábado à noite, junto à Torre Eiffel.

"Não há dúvida de que a Cerimónia de Abertura representará um desafio de segurança muito especial, como sabemos desde o primeiro dia", afirmou, enumerando os recursos disponíveis.

"Especialistas em eliminação de bombas, equipas de cães (...) estamos equipados para tudo isto", elencou.

"E há também todos os perímetros de segurança (...) nomeadamente o perímetro Silt (resultante da Lei de Segurança Interna e de Luta contra o Terrorismo), mas também os chamados perímetros vermelho e azul (relativos ao tráfego) que nos permitirão garantir uma segurança aprofundada da zona", acrescentou.

"Temos a capacidade de garantir a segurança deste evento", prometeu.

O agressor escolheu a zona da Torre Eiffel mais pelo seu aspeto "simbólico" do que como "local para os Jogos Olímpicos", afirmou Emmanuel Grégoire, primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Paris, na France Info, esta segunda-feira.

Lembrando que o Campeonato do Mundo de Râguebi acabou de se realizar sem "um único incidente", considera que não são "os Jogos Olímpicos e os momentos de festa coletiva que devem ser postos em causa", mas "a forma como antecipamos os riscos ao tratar estes indivíduos".

"Estou certo de que conseguiremos preparar os Jogos Olímpicos de uma forma muito satisfatória", acrescentou.