“As celebrações para hoje agendadas, que eram coorganizadas com o Comité Olímpico, em honra do atleta Carlos Lopes face à primeira medalha de ouro olímpica conquistada há 40 anos por um atleta português, serão adiadas para uma data a divulgar em momento oportuno”, informou a CML, em comunicado.
A homenagem a Carlos Lopes, que se tornou no primeiro campeão olímpico português ao vencer a maratona em Los Angeles-84, incluía a inauguração de um mural na pista municipal de atletismo Prof. Moniz Pereira e de uma exposição pública no Parque Eduardo VII, junto ao miradouro, bem como a apresentação de três livros.
José Manuel Constantino, que presidia ao COP desde 26 de março de 2013, morreu no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.
“O professor José Manuel Constantino dedicou a sua vida ao desporto. Foi uma voz ouvida e acarinhada por toda a sociedade. Deixa-nos um enorme trabalho feito pelo desporto português, do qual os nossos heróis olímpicos são o melhor exemplo”, afirmou a CML.
A notícia do falecimento de José Manuel Constantino foi recebida com “profundo pesar” pela autarquia.
No domingo à noite, na rede social X (ex-Twitter), o presidente do município, Carlos Moedas (PSD), enalteceu o seu percurso de vida dedicado ao desporto e lembrou que Lisboa o reconheceu com a Medalha de Mérito Desportivo da cidade.
No comunicado divulgado hoje, a CML realçou que José Manuel Constantino defendeu em todas as horas o desporto português e encorajou todos os atletas a alcançarem o seu melhor, considerando prova disso a época olímpica que terminou no domingo em Paris, em que Portugal teve a sua melhor performance até hoje.
“Indiscutivelmente um legado inspirador deixado pelo professor Constantino”, frisou a autarquia.
Sublinhando que a sua morte é um momento de tristeza, a CML expressou as suas sinceras condolências à família, aos amigos e aos colegas do professor.
José Manuel Constantino liderou o organismo olímpico nas duas melhores missões de Portugal a Jogos, com a conquista de quatro medalhas em Tóquio-2020 e Paris-2024, depois da estreia no Rio-2016.
Antes do COP, presidiu ao Instituto de Desporto de Portugal e à Confederação de Desporto de Portugal. Autor de livros e artigos publicados sobre desporto, era considerado um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.