"Embora seja uma boa presença na final, um quarto lugar, acabo por sentir alguma desilusão, pois não foi de todo o que esperava fazer. Pois sei o que trabalhámos e o que acreditávamos poder conseguir”, disse, ao site da federação.
O português, de 24 anos, destacou o “muito desgaste” provocado pelo elevado número de finalistas (14), considerando que isso o impediu de ter a “reação para chegar à medalha”.
O neozelandês Geordie Beamish veio de trás e superou quatro rivais, impondo-se em 3.36,54 minutos, recorde pessoal, batendo os norte-americanos Cole Hocker por 15 centésimos de segundo e Hobbs Kessler por 18, enquanto Nader, que esteve quase sempre nos lugares da frente, concluiu o seu desempenho em 3.36.97 minutos, a 43 centésimos do primeiro.
Salomé Afonso chegou a Glasgow com o 18.º melhor registo e terminou em oitava também nos 1.500 metros, em 4.06,18, um recorde pessoal por mais de um segundo.
“Estava a sentir-me muito bem, num bom momento de forma, sinto que a minha mentalidade está a mudar. É claro que somos atletas e queremos sempre mais, chegamos a um objetivo e já saltamos para outro. Estou muito grata por chegar a este ponto e ser finalista”, disse.
Depois de ter batido o recorde nacional com inédito apuramento para a final, a equipa masculina de 4x400 metros foi desclassificada, por pisar a linha, depois de ter terminado em sexto e último na final.
“Saímos daqui com a sensação do dever cumprido. Atingimos a final, batemos o recorde de Portugal e ficámos com a certeza de que podemos fazer mais e já sabemos o que é estar neste nível”, disse João Coelho, que fez equipa com Ericsson Tavares, Ricardo dos Santos e Omar Elkhatib.
Fatoumata Diallo, Carina Vanessa, Cátia Azevedo e Vera Barbosa arrasaram a anterior marca de referência, que era de 3.35,43, fixada nos Mundiais de Birmingham, por Cátia e Vera, juntamente com Filipa Martins e Miriam Tavares.
“Estamos muito, muito felizes. Há muito tempo que procuramos este recorde, este e o de ar livre. Ainda temos muito para dar, pois nós não viemos aqui por exceção, viemos por regra, queremos meter aqui o pé para sempre”, disse Cátia Azevedo, recordista nacional dos 400.
Luís Pereira, o chefe da delegação portuguesa em Glasgow, elogiou o desempenho da seleção, que conquistou uma medalha de bronze, lembrando que as principais figuras da seleção – Pedro Pichardo, Patrícia Mamona e Auriol Dongmo – não participaram nestes mundiais.
“Uma palavra para todos os treinadores e atletas que trabalharam afincadamente. Sem consagrados, esta equipa conseguiu estes resultados. Os outros que continuem a trabalhar, pois serão os próximos a integrar a seleção, perspetivando-se assim um futuro risonho para o atletismo português”, disse.