Com 7,65 segundos, Charlton retirou 0,02 segundos ao anterior registo que a própria estabeleceu em Nova Iorque em 11 de fevereiro, igualado cinco dias depois pela norte-americana Tia Jones, ausente em Glasgow devido a lesão.
“É um título que importa para mim, porque estabeleci objetivos claros. Trabalhei muito fora das pistas e aprendi a cuidar de mim, da minha saúde mental”, disse, no final, a desportista de 28 anos, segunda em Belgrado2022.
O pódio ficou completo com a antiga campeã, a francesa Cyrena Samba-Mayela, com 7,74, e com a polaca Pia Skrzvszowska, com 7,79.
Este foi o segundo recorde mundial nestes mundiais, depois do da neerlandesa Femke Bol no sábado nos 400 metros, que agora valem 49,27 segundos.
O campeão olímpico Armand Duplantis acrescentou mais uma medalha ao seu extenso pecúlio, tendo em conta que o homem que revolucionou a modalidade tem apenas 24 anos.
Além do ouro em Tóquio2020, Duplantis é bicampeão mundial ao ar livre em 2022 e 2023 e europeu em 2018 e 2022, enquanto, em indoor, conquistou o planeta em 2022 e 2024 e a Europa em 2021: venceu ainda a Liga de Diamante em 2021, 2022 e 2023.
O sueco, de 1,81 metros, promete superar a lenda ucraniana Sergei Bubka – seis títulos mundiais ao ar livre e três indoor – sendo que já mais de 70 vezes superou a barreira dos seis metros.
Começou mal o concurso com dois nulos a 5,85 metros, depois passou à segunda os 5,95, prescindindo dos seis metros para ultrapassar os 6,05, que lhe valeram o ouro.
Muito apoiado pelo público, ainda pediu para subir para os 6,24, um centímetro acima do seu recorde do mundo, mas não conseguiu, nada que lhe diminuísse o sorriso.
O norte-americano Sam Kendricks levou a prata, com 5,90 metros, e o bronze foi para o grego Emmanouil Karalis, com 5,85, um recorde pessoal.
Destaque ainda para o triunfo da Bélgica na estafeta 4x400 metros, com os europeus a superar os favoritos norte-americanos nos derradeiros metros.
Jonathan Sacoor, Dylan Borlee, Christian Iguacel e Alexander Doom completaram a prova em 3.02,54 minutos, batendo a formação dos Estados Unidos por seis centésimos de segundo e os Países Baixos, que ganharam a prova feminina, por 1,71 segundos.
Os Estados Unidos foram claramente o país mais medalhado, com as suas 20 medalhas a serem distribuídas por seis de ouro, nove de prata e cinco de bronze, enquanto Portugal integrou o quinteto em 27.º, com um terceiro lugar.