Mundiais de Atletismo: Isaac Nader modera expectativas nos 1.500 metros

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Mundiais de Atletismo: Isaac Nader modera expectativas nos 1.500 metros

O português Isaac Nader tem expectativas refreadas para a prova dos 1.500 metros dos Campeonatos do Mundo de pista coberta de atletismo
O português Isaac Nader tem expectativas refreadas para a prova dos 1.500 metros dos Campeonatos do Mundo de pista coberta de atletismoCOP/SportMedia/FPA
O português Isaac Nader tem expectativas refreadas para a prova dos 1.500 metros dos Campeonatos do Mundo de pista coberta de atletismo, em Glasgow, na Escócia, quase um mês após ter renovado o recorde nacional da distância.

“As minhas expectativas são melhorar o 10.º lugar de Belgrado2022. É para isso que vou aos Mundiais e, como é natural, quero ir à final, tal como aconteceu da outra vez. O nível dos 1.500 metros é tão difícil que se pode ficar no pódio, como até em último. As minhas expectativas são sempre boas, mas com alguma cautela, porque o nível dos 1.500 neste momento assim o exige”, vincou à agência Lusa o meio-fundista do Benfica, de 24 anos.

As eliminatórias decorrem na sexta-feira, às 20:10, e qualificam 12 atletas para a final de domingo, a partir das 21:30, sempre na Emirates Arena, tendo o etíope Samuel Tefera, bicampeão em título, e o norte-americano Hobbs Kessler entre os candidatos ao triunfo.

De fora está o norueguês Jakob Ingebrigtsen, campeão olímpico nos Jogos Tóquio 2020, após ter abdicado da época de pista coberta, devido a uma lesão no tendão de Aquiles.

“Na competição é que se pode perceber quem está melhor ou pior, mas temos de ter em conta os atletas que estão na casa dos 03.34,33 minutos este ano. No fundo, eu também tenho essa marca e não direi que aqueles que têm um bocadinho pior são mais favoritos. Naturalmente, eu posso ser um dos favoritos, tendo em conta a marca que fiz”, apontou.

Em 30 de janeiro, Isaac Nader retirou 76 segundos ao recorde português detido há quase 25 anos pelo seu ex-treinador Rui Silva, ao correr em 03.34,23 minutos em Ostrava, na República Checa, rumo à melhor marca mundial do ano, que, entretanto, foi suplantada.

“Algumas pessoas depositam expectativas em mim, mas não as vou colocar muito lá em cima, porque nos Mundiais ao ar livre de Budapeste 2023 excedi-me um pouco na minha abordagem à final. Não acredito que os nervos me tenham prejudicado, mas, se calhar, desgastei-me demasiado durante a competição e na parte final já estava completamente vazio e sem energia. Isso fez com que se fosse último”, admitiu, em alusão a uma prova conquistada pelo britânico Josh Kerr, que está inscrito nos 3.000 metros para Glasgow.

O algarvio detém o segundo melhor tempo entre os 30 participantes nos 1.500 metros e acompanha João Coelho (400 metros) no lote de compatriotas qualificados diretamente para os Mundiais, enquanto os restantes 15 atletas da comitiva participarão por ranking.

Pedro Pablo Pichardo, Auriol Dongmo e Patrícia Mamona desfalcam a seleção nacional, mas Isaac Nader rejeita assumir-se como o principal candidato português às medalhas.

“Os três atletas dos 400 metros (Cátia Azevedo, João Coelho e Omar Elkhatib) estão na melhor forma da vida deles. Nos 1.500, eu e a Salomé Afonso idem. Os resultados falam por si. É claro que faltarão nomes como Pichardo, Dongmo e Mamona e nenhum de nós tem o estatuto nem o nome deles, mas não me sinto como a esperança portuguesa para estes Mundiais, porque os meus colegas trabalham tanto quanto eu e todos poderemos sonhar um pouco”, estabeleceu o atleta orientado pelo espanhol Enrique Pascual Oliva.

Recém-pentacampeão dos 1.500 metros nos Campeonatos de Portugal de pista coberta, já conseguiu a marca de qualificação exigida pela World Athletics (3.33,50 minutos ao ar livre) para fazer a estreia nos Jogos Olímpicos, de 26 de julho a 11 de agosto, em Paris.