Autarca de Cartaya volta a desmentir Sérgio Conceição e avisa: "Vai ter de se apresentar aqui perante um juiz"

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Autarca de Cartaya volta a desmentir Sérgio Conceição e avisa: "Vai ter de se apresentar aqui perante um juiz"
Manuel Barroso, presidente da Câmara de Cartaya
Manuel Barroso, presidente da Câmara de CartayaFacebook
Depois de Sérgio Conceição ter falado esta terça-feira, pela primeira vez, do incidente em Cartaya, um dia depois de ter sid divulgado o vídeo do que se passou no relvado, o presidente da autarquia de Cartaya, Manuel Barroso, voltou à carga, com renovadas acusações a Sérgio Conceição, defendendo que a parte mais grave passou-se dentro do túnel de acesso aos balneários.

Em entrevista ao El Desmarque, Manuel Barroso falou do vídeo colocado a circular ontem, lamentando que não se consiga ouvir o que se dizia no relvado, e garante que há relatórios policial e do árbitro que confirmam a sua versão dos acontecimentos, desmentindo a versão do treinador do FC Porto.

"Estamos à procura de algumas imagens porque sabemos que um rapaz registou o que se passou no interior do túnel, que foi onde ocorreu a altercação mais grave. Quando as tivermos, torná-las-emos públicas e utilizá-las-emos como entendermos. Se me denunciarem por agressão por causa desse vídeo, não têm nada. É uma pena que o vídeo possa ser visto das bancadas, mas não ouvido. Quando apareço no vídeo, ele e o filho estavam a insultar o árbitro. Foi então que intervi e pedi-lhes para abandonarem o relvado. Depois, o rapaz diz-me que eu não sei com quem estou a falar, que ele é a autoridade máxima em Portugal. É então que me veem tocar-lhe no braço para o acompanhar para fora do campo, e ele empurra-me e eu tento impedi-lo", explicou Manuel Barroso.

"Enquanto nos dirigimos para o túnel, os insultos e as ameaças são constantes. Tenho o testemunho do árbitro, que também denunciou este homem; o da Polícia e da Guardia Civil, que tiveram de intervir e pedir reforços, e têm o seu relatório; e com um grande número de testemunhas oculares, que estavam no túnel. O relatório da Guardia Civil existe. Não acredito que este homem tenha razão e que todos nós, Polícia, Guardia Civil, árbitro, testemunhas e eu próprio, estejamos errados", acrescentou o autarca espanhol.

"Não sei se sabe no que se está a meter. Como presidente da Câmara, sou a autoridade máxima de uma cidade. O que ele me fez é um crime tipificado no Código Penal e, só por isso, vai ter de se apresentar aqui perante um juiz. O que se passou ali era suficiente para o prender, mas quisemos deixar passar, porque ele era uma figura pública e não queríamos que o assunto se prolongasse. Ele decidiu ir em frente em vez de o encobrir. Bem, é aí que ele nos vai encontrar. Devíamos tê-lo impedido, mas como se trata de uma figura pública, não quisemos deixar o sangue correr para o rio. Se este homem quiser ir em frente, tem de enfrentar a minha queixa, a do árbitro, a da Polícia e a da Guardia Civil, porque os seus agentes também foram agredidos", ameaçou Manuel Barroso, que alargou as suas críticas ao próprio FC Porto.

"Os meus advogados viram o vídeo e disseram-me que não há nada. Se a queixa do Sr. Sérgio Conceição é por ter agredido o filho, não me parece que aquelas imagens possam ser qualificadas como uma agressão. Penso que o FC Porto está enganado. O clube, no seu comunicado, garante que não aconteceram uns factos nos quais não estava presente. Apenas dispõem do testemunho do seu treinador", referiu, lamentando ainda a atuação das autoridades portuguesas.

"A Guarda Nacional portuguesa não nos está a dar a morada deste senhor para processarmos a queixa. Para a podermos processar, temos de ter a sua morada, e até agora não recebemos resposta. Gostaríamos de pensar que este atraso não é intencional, mas estamos muito surpreendidos porque há sempre uma cooperação muito estreita", finalizou Manuel Barroso.