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Espionagem na NBA: New York Knicks processam Toronto Raptors

Fred VanVleet e Jalen Brunson
Fred VanVleet e Jalen BrunsonProfimedia
Os New York Knicks processaram os Toronto Raptors e um antigo funcionário da equipa novaiorquina devido a um alegado caso de espionagem.

Os problemas começam a surgir antes do início da nova época da NBA. Os New York Knicks acusam os Toronto Raptors e outros intervenientes de espionagem: "Obtiveram ilegalmente informações exclusivas e divulgaram-nas posteriormente", refere a SportsNet New York.

ESPN teve acesso a uma cópia da ação judicial apresentada no Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan. De acordo com o documento, os norte-americanos alegam que Ikechukwu Azotam, funcionário da organização entre 2020 e 2023, enviou aos campeões de 2019 milhares de ficheiros confidenciais, incluindo relatórios de jogos, um livro de preparação para a época 2022/23, ficheiros de scouting em vídeo, pesquisa de adversários e outros documentos quando avançaram para a sua contratação.

Cada uma das partes é acusada de delitos distintos. No caso de Azotam, este é acusado de violar o acordo de confidencialidade que tinha enquanto funcionário da equipa da Big Apple. Por seu lado, os Raptors enfrentam problemas legais por terem orquestrado os movimentos do alegado informador.

Os Knicks chegaram às meias-finais da Conferência Este de 2023
Os Knicks chegaram às meias-finais da Conferência Este de 2023AFP

"Conspiraram para usar a posição de Azotam como membro atual dos Knicks para canalizar informações exclusivas para os Raptors, a fim de os ajudar a organizar, planear e estruturar a nova equipa técnica e de operações de vídeo", diz a ação judicial apresentada pelos Knicks contra a franquia de Toronto.

Tudo terá começado em julho deste ano, quando Ikechukwu Azotam disse à turma de Madison Square Garden que aceitaria a oferta de emprego dos canadianos. A partir desse momento, terá, alegadamente, começado a divulgar informações até acumular mais de 3.000 ficheiros, na sua maioria do departamento de vídeo, onde trabalhava.

Toronto reage

A Maple Leaf Sports & Entertainment, proprietária maioritária dos Raptors, e o clube não ficaram de braços cruzados e emitiram uma declaração conjunta em resposta.

"A MLSE e os Toronto Raptors receberam uma carta do (Madison Square Garden) na quinta-feira da semana passada informando-nos desta queixa. O MLSE respondeu prontamente, deixando clara a nossa intenção de efetuar uma investigação interna e de cooperar plenamente. A MLSE não foi informada de que estava a ser intentada uma ação judicial ou que esta foi intentada na sequência da sua correspondência com o MSG. A empresa nega veementemente qualquer envolvimento nos assuntos alegados. A MLSE e os Toronto Raptors não farão mais comentários até que o assunto seja resolvido de forma satisfatória para ambas as partes", diz o texto.