Bruno Fernandes e o Mundial: "As crianças vão estar na escola e as pessoas a trabalhar"

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Bruno Fernandes e o Mundial: "As crianças vão estar na escola e as pessoas a trabalhar"

Bruno Fernandes não escondeu as críticas após o duelo com o Fulham
Bruno Fernandes não escondeu as críticas após o duelo com o FulhamAFP
O médio do Manchester United e internacional português não escondeu alguma insatisfação pelo facto de ir disputar o Campeonato do Mundo em dezembro. O jogador de 28 anos é um dos 26 convocados de Fernando Santos.

Bruno Fernandes disse à Sky Sports que as datas do Mundial-2022, que normalmente tem lugar em junho e julho, mas que foi deslocado para de dezembro, para se disputar sob temperaturas mais amenas no Catar, é pouco favorável quer para os jogadores quer para os adeptos.

"Claro que é estranho, não é exactamente a altura em que queremos jogar o Campeonato do Mundo. Penso que para todos, jogadores e adeptos, não é a melhor altura. As crianças vão estar na escola, as pessoas vão trabalhar e os horários não serão os melhores para as pessoas verem os jogos", disse o jogador do Manchester United.

A decisão de atribuir o torneio ao Catar provocou críticas generalizadas, com preocupações expressas sobre as leis laborais e os direitos humanos no país.

"Conhecemos o que se passa à volta do Campeonato do Mundo, o que tem sido dito nas últimas semanas, nos últimos meses, sobre as pessoas que morreram na construção dos estádios. Não estamos nada satisfeitos com isso", disse Bruno Fernandes, ladeado pelo colega de equipa e internacional dinamarquês Christian Eriksen.

"Queremos que o futebol seja para todos, todos têm de ser incluídos e envolvidos num Campeonato do Mundo porque um Mundial, como o mundo indica é para o mundo. É para todos, não importa quem", concluiu o médio português.

Eriksen fez eco dos sentimentos do colega de equipa, mas disse que os jogadores tinham uma capacidade limitada de influenciar a decisão política.

"É futebol, não importa onde esteja. É futebol, conseguimos a qualificação e vamos jogar", disse o dinamarquês.

"Muito tem sido escrito, focado em como foi o processo de seleção e porque vai ser no Catar. Não concordo com a forma como aconteceu, mas nós somos futebolistas e jogamos futebol. A mudança tem de vir de outro lugar", acrescentou ele.