A adolescente Kamila Valieva recebeu uma proibição de doping de quatro anos no final de janeiro, com efeitos a partir de dezembro de 2021, retirando ao Comité Olímpico Russo (ROC) a medalha de ouro na prova por equipas, quase dois anos após a competição.
Pensou-se que o Canadá, que terminou em quarto lugar no evento, seria promovido ao bronze.
Mas a ISU disse que a pontuação total do ROC, mesmo depois de as marcas de Valieva terem sido apagadas, ainda era um ponto melhor do que a dos canadianos.
"A Skate Canada acredita que é crucial para a integridade da patinagem artística competitiva que as regras e os regulamentos sejam respeitados de forma consistente e justa", afirmou a Skate Canada em comunicado.
"Embora respeitemos as decisões tomadas pela ISU, discordamos da conclusão a que chegaram e acreditamos que uma análise independente proporcionará a tão necessária clareza a todas as partes afectadas", acrescentou.
No rescaldo da decisão da ISU, a Skate Canada argumentou que a decisão não aplicava a Regra 353, que afirma que "os concorrentes que terminaram a competição e que inicialmente se colocaram abaixo do concorrente desqualificado subirão em conformidade na sua colocação".
Na sua decisão há muito aguardada, o Tribunal Arbitral do Desporto considerou Valieva culpada de ter cometido uma violação da regra antidoping, que abalou os Jogos Olímpicos de Pequim, quando as notícias surgiram pela primeira vez e frustrou os concorrentes que ficaram à espera das suas medalhas desde então.
A ISU publicou uma tabela de pontos finais alterada, que coloca os Estados Unidos na primeira posição, com 65 pontos, o Japão na segunda posição, com 63, e a Rússia na terceira posição, com 54.
O Canadá - representado por Roman Sadovsky, Madeline Schizas, Kristen Moore-Towers, Michael Marinaro, Vanessa James, Eric Radford, Piper Gilles e Paul Poirier - obteve 53 pontos.