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Mundiais de ciclismo: Lotte Kopecky sagra-se campeã mundial no adeus de Van Vleuten

Kopecky, de 27 anos, cumpriu os 154,1 quilómetros entre Loch Lomond e Glasgow, onde estava montado um circuito urbano, em 4:02.12 horas
Kopecky, de 27 anos, cumpriu os 154,1 quilómetros entre Loch Lomond e Glasgow, onde estava montado um circuito urbano, em 4:02.12 horasTwitter/UCI
A belga Lotte Kopecky sagrou-se este domingo campeã do mundo de fundo nos Mundiais de ciclismo de estrada, em Glasgow, Escócia, com a neerlandesa Annemiek van Vleuten a despedir-se dos grandes palcos com um oitavo lugar.

Kopecky, de 27 anos, cumpriu os 154,1 quilómetros entre Loch Lomond e Glasgow, onde estava montado um circuito urbano, em 4:02.12 horas, cortando a meta a solo, com sete segundos de vantagem sobre o resto do pódio, com a neerlandesa Demi Vollering em segundo e a dinamarquesa Cecilie Uttrup Ludwig em terceiro.

Seis vezes campeã do mundo na pista, duas em Glasgow, Kopecky somou finalmente um título mundial na estrada ao isolar-se já dentro dos últimos quilómetros, aproveitando o circuito urbano da cidade escocesa para se destacar das rivais.

Depois de uma grande Volta a França, que acabou em segundo lugar atrás de Vollering, e de vitórias na Volta a Flandres e na Omloop Het Nieuwsblad, entre outras, a belga confirmou os prognósticos e afastou-se das rivais nos últimos quilómetros.

Ludwig parecia a mais forte candidata no dia, mas foi a belga que sucedeu a Annemiek van Vleuten, que se vai despedir este ano da estrada, aos 40 anos, e viveu hoje a última grande corrida do seu programa, acabando no oitavo lugar após ser afetada por uma avaria.

Foi uma despedida ingrata para a campeã do mundo em exercício, com 103 vitórias profissionais: quatro Voltas a Itália conquistadas, em 2018, 2019, 2022 e 2023, e duas provas de fundo em Mundiais, em 2019 e 2022, além do título olímpico do contrarrelógio em Tóquio2020 e a prata na corrida de fundo.

A Volta a Espanha, essa, venceu-a três vezes seguidas, de 2021 até este ano, e Monumentos como a Volta à Flandres (duas vezes) e a Liège-Bastogne-Liège (duas) também constam do seu palmarés.

A suíça Elisa Chabbey foi outra das protagonistas do dia, ao estar na fuga do dia, a mais de 130 quilómetros da meta, e depois com um ataque a 75 quilómetros do fim, que permitiu a Kopecky posicionar-se, acabando ainda no sétimo lugar final.

A chuva voltou a afetar a corrida nos Mundiais de estrada, e a prova que agregava a atribuição dos títulos femininos de elite e de sub-23 não teve portuguesas a concluir, com uma pancada no desviador traseiro, durante uma queda no pelotão, a atrasar a jovem Daniela Campos, que teve de abandonar.

Sem direito a carro de apoio na corrida, Portugal não pôde assistir Daniela Campos, mandada parar quando estava a mais de 10 minutos da frente da corrida, enquanto Vera Vilaça, a correr em elite, não terminou.

“Fiquei presa numa queda, atrasei-me e não consegui recolar. Não me senti bem desde o início”, contou Vilaça, citada pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).