Mas, para sua própria surpresa, acabou por conseguir ultrapassar o dinamarquês, normalmente muito rápido, e subir ao último degrau do pódio na corrida de estrada dos Mundiais de ciclismo.
"Estava a sonhar com uma medalha de ouro, mas o Mathieu van der Poel era o mais forte. Éramos três e eu via-me como o número quatro, porque é quase missão impossível sprintar contra o Wout van Aert e o Mads Pedersen. Mas depois de uma corrida tão longa e difícil, tudo pode acontecer", diz o medalhista de bronze.
Pogacar explica que, com um sprint longo, conseguiu ser mais rápido do que o dinamarquês, que, para sua grande desilusão, acabou por ficar fora da fase de atribuição de medalhas. Pogacar atacou algumas vezes, mas também pareceu ter dificuldades com os ataques ocasionais dos seus concorrentes.
No final, o duplo vencedor da Volta a França não sentiu que estivesse a pedalar particularmente bem.
"Eu sabia que não tinha muitas hipóteses na última volta. Tentei atacar algumas vezes nas subidas, mas os outros eram fortes e não me senti mais forte do que o Wout e o Mads", explica.
Pogacar tem pena de Mads Pedersen, que ficou a poucos centímetros de trazer para casa o metal do Campeonato do Mundo.
"Todos no grupo mereciam uma medalha. Simpatizo com o Mads e gostava que ele conseguisse uma medalha. Mas só restavam duas medalhas", diz o esloveno.
Imediatamente após a corrida, Pogacar sentiu-se mal enquanto dava entrevistas. Pouco depois, já estava a recuperar.
"Senti-me muito mal desde que terminámos até há dez minutos atrás. Só queria deitar-me na cama e não fazer nada. Agora sinto-me muito melhor", diz Pogacar, que acrescenta que teve de ir à casa de banho.