Alaphilippe, que já se sagrou campeão mundial por duas vezes e tinha vencido pela última vez em 2023, numa etapa do Critérium du Dauphiné, somou hoje o 42.º triunfo da carreira na sua estreia no Giro, juntando-se ao grupo de ciclistas que já venceu etapas nas três grandes voltas.
Num dia com quatro contagens de quarta categoria e um percurso de 193 quilómetros muito semelhante a uma clássica, houve várias tentativas de fuga, até que na frente ficaram Alaphilippe e Mirco Maestri (Polti Cometa), ainda com mais de 100 quilómetros para percorrer.
Mais atrás formaram-se dois grupos de perseguidores, com o pelotão, com o líder Tadej Pogacar (UAE Emirates), a rodar a mais de seis minutos da frente da corrida.
Um dos grupos de perseguidores contava com alguns homens que lutam por subir ao top-10, como Jan Hirt (Soudal Quick-Step) Domenico Pozzovivo (VF Group-Bardiani CSF-Faizanè) ou Juan Pedro Lopez (Lidl-Trek), mas o pelotão reagiu e acabou por alcançá-los.
Mais à frente, um outro grupo, em que Jhonatan Narvaez (INEOS), Quinten Hermans (Alpecin-Deceuninck), Christian Scaroni (Astana), Aurélien Paret-Peintre (Decathlon AG2R La Mondiale), Michael Valgren (EF Education-EasyPost), Dion Smith (Intermarché-Wanty), Simon Clarke (Israel-PremierTech), Gijs Leemreize (dsm-firmenich) e Matteo Trentin (Tudor) foram os últimos resistentes, perseguia o duo da frente, que rodava cerca de minuto e meio mais à frente.
Alaphilippe, que tem tentado quase todos os dias estar na frente e chegar ao triunfo numa etapa, acabou por atacar na última dificuldade do dia e deixou Maestri para trás, resistindo depois a uma tentativa de Narvaez e Hermans de chegarem à frente para terminar a etapa isolado.
“Não tinha planeado atacar a 125 quilómetros, pensava que ia chegar um pequeno grupo. A cooperação com o Mirco Maestri foi excelente e ele também merecia a vitória. Ainda tive de puxar, porque sabia que existiam perseguidores por perto. Foi uma vitória esplêndida num período difícil e agradeço à minha equipa, à minha mulher e ao meu filho, que sempre me apoiaram”, afirmou o vencedor.
Depois de um período difícil, Alaphilippe voltou a erguer os braços como vencedor, numa etapa em que o equatoriano Jhonatan Narváez e o belga Quinten Hermans foram segundo e terceiro, respetivamente.
Na geral, Pogacar chegou integrado no grupo principal e continua a liderar, à frente do colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), a 2.40 minutos, e do britânico Geraint Thomas (INEOS), a 2.56.
Rui Oliveira (UAE Emirates), único ciclista luso em prova, ainda chegou a andar num dos grupos em fuga, mas chegou em 149.º, a 14.42 minutos do vencedor, e segue em 134.º da geral, a mais de duas horas e meia do companheiro de equipa Tadej Pogacar.
Na sexta-feira, corre-se a 13.ª etapa, entre Riccione e Cento, ao longo de 179 quilómetros.