Pogi, que lidera a corrida com quase sete minutos de vantagem sobre os seus principais rivais, quer tornar-se o primeiro ciclista desde Marco Pantani, em 1998, a ganhar o Giro e a Volta à França no mesmo ano.
"Estamos numa boa posição na classificação geral. Espero que a próxima semana também seja boa. Faltam seis etapas, quero terminar bem. Dentro de uma semana poderei dedicar-me a 110% à Volta a França", disse o bicampeão da Grande Boucle na segunda-feira, no segundo dia de descanso.
"Temos uma boa vantagem e podemos jogar com um pouco mais de segurança, a etapa de ontem (domingo) era o nosso objetivo há muito tempo e queríamos mesmo ganhá-la. A partir de agora, talvez possamos fazer uma etapa um pouco mais conservadora. Nunca se sabe", explicou, deixando a porta aberta ao seu apetite voraz por corridas.
A diferença na classificação geral é tão grande - Pogacar tem 6:41 minutos sobre Geraint Thomas e 6:56 minutos sobre o colombiano Daniel Martinez - que os ciclistas já se estão a sentir derrotados antes da última semana, que tem quatro etapas de montanha.
No domingo, o esloveno venceu sozinho a etapa rainha em Livigno, com quase três minutos de vantagem sobre os seus rivais na classificação geral.
"Foi um dos meus melhores desempenhos a grande altitude. Em termos de potência, é difícil compará-la com as minhas corridas do passado, porque há muitos parâmetros que entram em jogo. Mas, a nível de sensações, senti-me muito bem. Ganhar a etapa rainha de uma grande corrida é um dos maiores feitos", disse o líder da equipa dos EAU.
Depois do Giro, Pogacar vai concentrar-se no Tour, que se realiza mais cedo do que o habitual devido aos Jogos Olímpicos de Paris. Começa a 29 de junho e termina a 21 de julho em Nice.
"Nunca fiz as duas provas, mas quem já fez diz que se terminarmos bem o Giro e recuperarmos bem, ficamos com boas pernas para o Tour. Espero que seja esse o meu caso", disse Pogacar, que não vai competir entre as duas corridas e vai concentrar-se nos treinos.