Pogacar conquistou uma série impressionante de vitórias na Volta à Flandres, na Amstel Gold Race e na La Flèche Wallonne e era o grande favorito para vencer a Liège-Bastogne-Liège em abril, mas caiu nessa corrida e fraturou o pulso.

O bicampeão do Tour tinha planeado uma pausa de quatro semanas das corridas competitivas depois de Liège-Bastogne-Liège e, apesar de os seus preparativos terem sido desorganizados, continua otimista quanto às suas hipóteses de disputar um terceiro título.

"Pode dizer-se que aconteceu numa altura perfeita", disse Pogacar ao jornal National dos Emirados Árabes Unidos. "Naturalmente, eu não queria que acontecesse assim, mas estava a precisar de uma longa pausa e acho que a lesão me obrigou a descansar um pouco mais. Voltei ao treino indoor uma semana depois do acidente. Assim, pude manter um pouco a minha forma física e também fiz reabilitação do pulso e alguma corrida, trabalho de núcleo, etc. Já estou de volta à estrada há algumas semanas e sinto-me muito bem. Não me deve prejudicar muito na digressão", acrescentou na entrevista publicada na quinta-feira.

Depois de ter optado por faltar à habitual preparação para a Volta à Eslovénia, Pogacar vai para a Volta a França de 1 a 23 de julho com apenas dois dias de corrida, no campeonato nacional da Eslovénia, que começa com o contrarrelógio desta quinta-feira.

Pogacar, que venceu o Tour em 2020 e 2021, perdeu por pouco o terceiro título consecutivo depois de ter sido derrotado pelo dinamarquês Jonas Vingegaard no ano passado.

"Estou muito entusiasmado. Tem sido uma preparação pouco convencional, com a lesão no pulso, mas no geral tem sido muito boa", disse Pogacar. "É uma preparação intensa, mas é o que é preciso. Estou a gostar do processo. Temos uma grande equipa e entendemo-nos bem. Também vai haver concorrentes fortes, por isso não vai ser fácil, mas vamos dar o nosso melhor".